Um policial militar da reserva, que atuava à disposição da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (29), em Manaus. Ele é acusado de estuprar uma interna do sistema prisional durante uma transferência da cidade de Humaitá para a capital amazonense, ocorrida no dia 18 de julho deste ano.

O mandado de prisão foi cumprido por equipes da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). O suspeito foi localizado em sua residência, no bairro Cidade Nova, zona norte da cidade. Além da prisão, a operação incluiu o cumprimento de mandado de busca e apreensão no imóvel. Após os procedimentos legais, o acusado será apresentado em audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.

Denúncia surgiu na chegada da vítima a Manaus

De acordo com a Seap, a denúncia foi feita assim que a detenta chegou ao Centro de Detenção Feminino (CDF), em Manaus. Durante os procedimentos de triagem padrão — que incluem avaliação médica e atendimento psicossocial — a vítima relatou o abuso sexual.

A Secretaria acionou imediatamente a Defensoria Pública do Estado (DPE-AM), a Polícia Civil e o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que ouviram a interna por meio de escuta qualificada. A Polícia Civil registrou Boletim de Ocorrência no dia 21 de julho e instaurou inquérito para apurar o caso.

Afastamentos e sindicâncias

Após tomar conhecimento da denúncia, a Seap informou que afastou todos os servidores envolvidos na ocorrência e, posteriormente, exonerou os responsáveis das funções que exerciam.

A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas instaurou uma sindicância administrativa para apurar os fatos e eventuais responsabilidades. Por se tratar de um policial militar da reserva à disposição da Seap, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) também abrirá procedimento administrativo interno para investigar a conduta do agente.

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