Imagens de câmeras de um posto de combustíveis na Avenida Torquato Tapajós mostram Mayc e Elizeu minutos antes de pegarem o carro de aplicativo

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (5), a delegada Marília Campelo, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), revelou novas informações sobre a prisão de Mayc Vinícius Teixeira Parede, lutador de MMA de 42 anos, suspeito de assassinar com um tiro na cabeça o sargento da Polícia Militar Elizeu da Paz de Souza. Ambos, tanto o acusado quanto a vítima, são réus no caso do assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, ocorrido em setembro de 2019 em Manaus.

De acordo com a delegada, Mayc e Elizeu eram amigos próximos e haviam passado o domingo (3) juntos, ingerindo bebidas alcoólicas em um posto de combustíveis na Avenida Torquato Tapajós. Na madrugada de segunda-feira (4), ambos entraram em um carro de aplicativo, quando o crime ocorreu na rua Comandante Waldir Bastos, no Conjunto Santos Dumont, Zona Centro-Oeste de Manaus.

A investigação aponta que Mayc teria utilizado a arma de fogo de Elizeu para cometer o crime, e, após o disparo, se desfez do revólver. “A filha de Elizeu relatou que seu pai confiava muito em Mayc e, quando consumia muito álcool, permitia que ele ficasse com a arma para que atuasse como uma espécie de segurança”, explicou Marília Campelo.

Segundo a delegada, não houve discussão nem no posto de combustíveis, nem dentro do carro. A corrida foi solicitada pelo perfil da filha de Elizeu, algo que o sargento costumava fazer. Durante o trajeto, Elizeu estava falante, sentado no banco do passageiro dianteiro, enquanto Mayc, no banco traseiro, permaneceu em silêncio.

Após o disparo, Mayc teria dito ao motorista que acreditava que o pneu do carro havia estourado, mas o motorista percebeu que Elizeu estava com o rosto caído e ensanguentado. Nesse momento, Mayc pediu para descer do veículo e fugiu em seguida. Imagens de câmeras de segurança captaram o momento em que ele escapou.

Na delegacia, Mayc negou a autoria do crime, mas se recusou a responder outras perguntas. Segundo Marília Campelo, testemunhas relataram que Mayc e Elizeu haviam tido desentendimentos no passado, embora tivessem reatado a amizade recentemente.

“Nós temos um prazo de dez dias para ouvir mais pessoas e entender melhor a motivação, mas há indícios claros de que Mayc foi o autor. Ele estava com a vítima, com a arma e fugiu do local do crime”, concluiu a delegada.

 

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