Se o ditado popular que diz: "a união faz a força" for verdade, desta vez o governador José Melo (PROS) ou paga suas promessas de campanha feitas aos policiais civis e militares ou terá sérios problemas com a segurança no Amazonas, principalmente na capital amazonense. Ontem (10), policiais militares reuniram-se na sede da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (ACS), na avenida Torquato Tapajós, bairro Flores, Zona Centro-Sul de Manaus, para definir o que fariam com relação ao último posicionamento do Governo do Estado sobre as mais de 2200 promoções dos PMs e a data base da categoria.

Cansados de estarem sendo empurados com a "barriga", pelo governador e das reuniões com o secretário de governo Raul Zaidan e companhia, os policiais pretendem tomar uma decisão mais drástica na quarta-feira (14), quando poderão cruzar os braços caso José Melo, continue dando um "calote eleitoral" na categoria.

Os policiais aguardarão o resultado de uma reunião marcada para próxima quarta-feira (14), às 15h, no prédio da reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), localizada na Avenida Djalma Batista, onde dessa vez a conversa será diretamente com o governador José Melo.

Uma das exigências do governo é que essa reunião seja com os representantes das associações. Mesmo assim, policiais militares e civis prometem comparecer em peso para acompanhar.

Desculpas do governador

Mas os policiais deverão, na reunião de quarta-feira, mais uma vez ouvir o governador alegar que a Lei de Responsabilidade Fiscal o impede de cumprir suas promessas de campanha, que é a Lei dos Praças, que se refere as mais de 2200 promoções e a perca salarial.

José Melo, tem deixado claro em todas suas entrevista, quando questionado a respeito da Lei. Sempre afirma que o estado teve perca na arrecadação e já deixou bem claro que nenhum servidor público será beneficiado esse ano com reajuste ou promoções.

O governador, se realmente for a reunião com os policiais deverá usar também o argumento que até o seu salário, do vice, Henrique Oliveira e dos secretários foram baixados para economizar dinheiro.

Apoio da Policia Civil

Desta vez os policiais militares não estão mais sós, juntou-se ao movimento representantes do Sindicato dos Escrivães e Investigadores da Polícia Civil (Sindeipol), que também cobram do governador José Melo, as promessas de campanha.

O presidente do Sindeipol, Rômulo Valente, informou que se trata de uma reclamação coletiva das polícias. "Estamos sentindo na pele o que os militares tanto se queixam", acrescenta.

Apeam

O presidente da Apeam, Gerson Feitosa, ressaltou que todas as formas de negociação foram discutidas com o governo, porém nenhum dos apelos foi atendido. "Já tentamos de tudo. É um absurdo sermos ignorados sempre que propomos algo. Sempre são remarcadas reuniões que não resultam em nada. Se nada for definido dessa vez, vamos ter que paralisar as atividades. Não nos resta escolha. Simples assim. Só lamento.", conclui.

Caso o encontro não resulte em algo definitivo, o servidores pretendem entrar em greve a partir do momento que souberem da resposta do governo. Eles sairão do auditório da UEA em passeata pela avenida Djalma Batista até à sede da ACS.

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