
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, neste quinta-feira(18), que conseguiu identificar códigos usados por integrantes de torcidas organizadas nas redes sociais para marcar brigas entre rivais e para cometer crimes antes de jogos de futebol de Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco.
A hashtag ‘#PASNOSESTADIOS” era uma das mais utilizadas para o cometimento de crimes. De acordo com a polícia, a troca da letra “Z” pelo “S” era proposital e “PAS”, na verdade, era abreviação de “Pelotão de Assalto Surpresa”.
“Quando você tinha uma determinada torcida falando #PASNOSESTADIOS em um determinado endereço, uma outra fazia a resposta. Não por coincidência, você tinha uma briga naquele local”, explicou o delegado Álvaro Gómez.
O delegado titular da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas) disse ainda que vários outros códigos foram identificados pelos agentes, mas não serão divulgados para não atrapalhar as investigações.
Na operação deflagrada nesta quinta-feira (18) contra pessoas que se utilizam da estrutura das torcidas organizadas para cometer crimes, dois homens foram presos e um suspeito morreu em confronto com policiais.
Ao todo, foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão em vários endereços, inclusive, nas principais sedes de torcidas organizadas do Rio. Celulares, computadores, porretes, cabos de enxada e até granadas caseiras foram apreendidos.
Escalada da violência
A ação que envolveu as polícias civil e militar foi deflagrada depois das mortes recentes de dois torcedores, e já visando o clássico do próximo domingo (21) entre Flamengo e Vasco, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Uma partida considerada de alto risco pelas forças de segurança.
Na quinta-feira (11), o vascaíno Rodrigo José da Silva Santana, de 36 anos, morreu depois de ser baleado na cabeça, em Oswaldo Cruz, na zona norte do Rio, momentos antes do clássico entre Botafogo e Vasco pela Copa do Brasil.
E no último sábado (13), o jovem Mateus Casemiro dos Santos, integrante de uma torcida organizada do Olaria, foi morto a pauladas em uma briga nos arredores do Estádio Nilton Santos. A confusão envolveria torcedores de uma organizada do Botafogo.
“É coisa quase animalesca desse tipo de gente. Não é torcedor comum. São criminosos trajando uniformes de torcidas organizadas”, destacou o tenente-coronel Guilherme Freitas, comandante do BEPE(Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios).
Com informações de CNN Brasil.










