De acordo com a polícia a gerente do Salão Belle Femme, Verônica Seixas, ao saber da morte de Djidja Cardoso foi à casa da família e teria enterrado frascos do medicamento no quintal da casa da família

A ex-Sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, morreu por overdose após consumir altas doses de ketamina, um medicamento anestésico frequentemente usado como droga recreativa. Essa conclusão faz parte do inquérito policial enviado ao juiz plantonista, Glen Hudson Paulain Machado.

O inquérito também relata que Verônica da Costa Seixas, 32 anos, gerente do Salão Belle Femme, foi até a casa da família após saber da morte de Djidja e teria enterrado frascos do medicamento no quintal para ocultar evidências.

“Verônica (…) teria escondido diversos frascos do material entorpecente em uma área no interior da casa, sendo enterrados perto de uma árvore e outros materiais estariam na lixeira dos fundos da casa”, descreve um trecho do inquérito.

Durante os trabalhos periciais, foi verificado que Djidja apresentava sinais de overdose, com evidências de uso injetável de ketamina no corpo da vítima, é o que diz também o relatório assinado pelo delegado Cícero Túlio, que preside as investiagções.

Apreensões e Investigações

Além de drogas e medicamentos pesados, a polícia apreendeu dois livros na residência da mãe e do irmão de Djidja, que supostamente pertencem a seitas religiosas. Um dos livros é intitulado “Cartas de Cristo”, que, segundo informações preliminares, era utilizado como um ‘manual’ pela mãe de Djidja.

A morte de Djidja Cardoso, ocorrida aos 32 anos na última terça-feira (28), trouxe à tona um cenário complexo de abuso de substâncias e práticas esotéricas. O caso ainda está em investigação e o delegado responsável não quis fornecer mais detalhes.

Anteriormente, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) havia determinado a prisão preventiva de Cleusimar Cardoso Rodrigues e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão de Djidja, além de três funcionários do salão de beleza Belle Femme: Verônica da Costa Seixas, Marlisson Vasconcelos Dantas e Claudiele Santos da Silva. As prisões foram realizadas devido a crimes como “estupro”, “associação para o tráfico de drogas” e “venda de drogas”.

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