A Polícia Civil combate o esquema criminoso de roubo de cargas e veículos, receptação qualificada e lavagem de dinheiro. A investigação teve início em meados de 2024, após ocorrências apontarem que dois grupos estariam escondidos no Parque União e na Nova Holanda.
Os alvos da operação estão vinculados ao Comando Vermelho (CV) e são responsáveis por grandes roubos de cargas no Rio. A operação também ocorre no Ceará, na Bahia, em Goiás e Santa Catarina.
Um dos suspeitos foi preso pelos agentes e revelou a existência de um local na Maré, chamado de “escritório”, onde os membros se reuniam para planejar os roubos de cargas e a revenda dos bens furtados.
Dentro do “escritório”, o grupo armazenava dados de funcionários das empresas que forneciam informações privilegiadas para a quadrilha, além de informações sobre empresários que receptavam cargas roubadas, armamentos e bloqueadores de sinais GPS.
A atuação dos grupos ocorre nas principais vias do estado, com o transbordo das cargas roubadas sendo feito em comunidades de Duque de Caxias e nos complexos do Alemão, da Maré e de Manguinhos, de acordo com a polícia.
Empresas de fachada
O grupo criminoso criava empresas de fachada para realizar as transações financeiras das cargas roubadas. Em 2022 e 2023, eles movimentaram mais de R$ 18 milhões com a venda das cargas furtadas.