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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira uma operação para desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar o Benefício Assistencial à Pessoa Idosa (BPC-Loas), voltado para idosos venezuelanos em Roraima. A ação visa combater uma rede que, segundo as investigações, tem causado grande prejuízo aos cofres públicos.

Na operação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Boa Vista e Bonfim, focando em sete alvos, entre eles servidores públicos municipais e um advogado. A investigação revelou que a organização recrutava idosos venezuelanos ainda na Venezuela, falsificando documentos para comprovar residência no Brasil, a fim de garantir o acesso ao BPC-Loas. Após a concessão do benefício, os beneficiários retornavam ao seu país de origem, mas continuavam a receber os valores indevidamente.

Além da fraude documental, o esquema contava com a participação de servidores públicos, que, mediante corrupção, facilitavam a inclusão dos dados fraudulentos nos sistemas governamentais. O advogado investigado é apontado como um dos agenciadores do esquema, auxiliando no processo de captação e inserção dos dados dos beneficiários.

Para mitigar o prejuízo, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados, somando mais de R$ 33 milhões, montante equivalente ao valor desviado. Os envolvidos poderão responder por crimes como estelionato majorado, corrupção ativa e passiva, e associação criminosa. Outras acusações poderão surgir conforme o avanço das investigações.

A operação da PF demonstra o compromisso das autoridades com a integridade do sistema assistencial brasileiro e visa coibir a corrupção e o uso indevido de benefícios sociais, reforçando a vigilância sobre fraudes que afetam diretamente o bem-estar da população e a segurança social do país.

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