O cúmplice na fuga (de camisa preta) foi capturado, enquanto Sirrico Aprueteri Yanomami (de camisa verde), suspeito de estuprar e matar a indígena da etnia Baré, foi preso nesta terça-feira em uma comunidade de Barcelos

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 75ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Barcelos, com o apoio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Guarda Civil Municipal (GCM), e da Força Nacional de Segurança Pública, prendeu na última terça-feira (7) Sirrico Aprueteri Yanomami, suspeito de envolvimento no estupro coletivo e feminicídio da indígena Rosimar Santos de Oliveira, de 45 anos, da etnia Baré.

As prisões ocorreram na comunidade do Cumaru, localizada na região do médio Rio Negro, na zona rural de Barcelos, a 399 quilômetros de Manaus. Além de Sirrico, Sandoval Aprueteri Yanomami, acusado de ajudar na fuga dos autores do crime, também foi detido.

De acordo com a Polícia Civil, outros dois suspeitos de participação nos crimes já foram identificados e qualificados. As investigações continuam para localizar os demais envolvidos e esclarecer todas as circunstâncias do caso.

“Nós conseguimos identificar os autores e capturar um deles e estamos na busca para capturar também os outros dois autores (…) O Sandoval foi quem prestou apoio para escondê-lo e para tentar levá-lo à comunidade onde ele mora ”, diz o delegado Jhon Castilho.

Rosiane foi violentada por Sirrico e outros dois homens quando voltava da festa, na madrugada do dia 1º de janeiro. Eles tinham conhecido Rosiane minutos antes, durante as comemorações e resolveram atacá-la quando ela já estava voltando para casa.

O crime foi testemunhado por algumas pessoas, que chegaram a tentar intervir, mas foram ameaçadas pelos criminosos, que estavam armados com facas. Uma dessas testemunhas gravou o estupro coletivo e o assassinato de Rosiane e entregou a gravação à polícia para ajudar a identificar os suspeitos.

“Nós tivemos alguns indígenas tentando ajudar a mulher, infelizmente eles não conseguiram pela extrema violência utilizada por esses autores. 

O delegado conta que após ser preso, Sirrico confessou o crime, mas depois voltou atrás e contou outra versão dos fatos.

“Ele confessou os fatos e relatou que participou do estupro juntamente com os outros dois, mas depois quis mudar a versão e disse que estava apenas observando, entretanto não é o que nos parece”, afirma.

O crime

Rosimar Santos de Oliveira, de 44 anos, uma indígena da etnia Baré, em Barcelos, no Amazonas, foi vítima de estupro coletivo e feminicídio, praticado por quatro indígenas Yanomami.

O corpo de Rosimar foi encontrado em um matagal na última sexta-feira (3), em circunstâncias que chocaram a população. A vítima retornava para casa na madrugada do dia 1º de janeiro após participar de uma festa quando foi abordada e levada para um prédio abandonado conhecido como “Prédio da Oi”. Lá, ela teria sido brutalmente violentada e assassinada.

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