
São Paulo — Os policiais civis Thiago Gouvêa dos Santos e Moreno Henrichs Huschak, do Grupo de Operações Especiais (GOE) de São Bernardo do Campo (SP), teriam usado uma viatura da instituição para sequestrar o empresário espanhol Rodrigo Pérez Aristizábal, na semana passada. O jovem, de 25 anos, foi mantido em um cativeiro, na cidade de Mogi das Cruzes, na região metropolitana da capital, por cinco dias, e conseguiu escapar no último sábado (29/4).
Moreno Huschak é apontado como o responsável por dirigir o veículo no momento em que Aristizábal foi arrebatado. Após ser libertada, a vítima disse à polícia que foi abordada ao sair de uma padaria no bairro do Ipiranga na capital.
Segundo o empresário, um dos policiais teria dado a ele voz de prisão. Algemado, foi colocado na viatura.
Moreno se apresentou à Corregedoria na segunda-feira (31/3), após ser informado por um advogado sobre a existência de um mandado de prisão contra ele. O policial foi encaminhado ao Presídio Especial da Polícia Civil.Thiago Gouvêa, segundo a investigação, foi o responsável pela logística do cativeiro e pela contratação de outros criminosos. Ele também teria atuado diretamente no arrebatamento da vítima. Ele está foragido desde 23h30 do último sábado (29/1). Além dos policiais civis, o PM Ronaldo da Cruz Batista foi preso em flagrante, apontado como a pessoa que fazia a “segurança” do cativeiro.
À polícia, Batista declarou que estava precisando de dinheiro e um homem, identificado como “Quico”, de Ferraz de Vasconcelos, cidade da Grande São Paulo, fez contato oferecendo serviço. Ele teria aceitado sem saber quanto receberia e sem participação direta no sequestro.
Fuga do cativeiro
Rodrigo Pérez Aristizábal conseguiu escapar do cativeiro e foi localizado em um restaurante na Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98). O proprietário do estabelecimento acionou a polícia para informar que havia uma pessoa chorando muito no banheiro.
Ele foi localizado pela Polícia Rodoviária Estadual, que acionou um batalhão da Polícia Militar (PM) na região e foi até o cativeiro.
Os policiais encontraram algemas presas a uma cama, onde a vítima foi mantida presa pelos criminosos. As informações são de Metrópoles.