
Dois policiais militares foram assassinados a tiros neste sábado (22) no estado do Rio de Janeiro. O número de agentes mortos chegou a 16 em 2025, apontaram dados oficiais. Um PM morreu na comunidade Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, Zona Norte do município do Rio. Ele teria entrado por engano na comunidade. Após levar tiros, a vítima perdeu o controle da direção e bateu com o carro. O crime aconteceu na Rua Paulo Viana, e o policial estaria a caminho da casa da filha.
O outro policial foi assassinado no município de Piabetá, na Baixada Fluminense. De acordo com a corporação, ele foi baleado e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, mas não resistiu. Uma mulher também foi atingida e morreu no local. Os nomes das vítimas não foram divulgados. As circunstâncias dos crimes ainda estão sendo esclarecidas.
Nesta semana, o Rio já tinha sido motivo de estatísticas preocupantes. Na última terça-feira (18), o instituto Fogo Cruzado afirmou que o número de vítimas de bala perdida no estado neste ano teve um aumento de 58% em comparação com o mesmo período de 2024.
Nos primeiros 75 dias de 2025, de 1º de janeiro a 16 de março, foram registrados 41 casos, contra 26 em 2024.
O levantamento mostrou que as vítimas de bala perdida na capital fluminense representam 11,5% do total de 355 pessoas baleadas no estado.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio informou que não comentaria sobre as informações presentes no relatório, porque “não tem conhecimento da metodologia utilizada para sua coleta”.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), operado pelo Ministério da Justiça, os cinco estados com maior número de mortes por ação das forças de segurança em 2024 foram a Bahia, com 1,5 mil vítimas, São Paulo (749), Rio (659), Pará (593) e Goiás (387). Os números mais baixos foram observados em Rondônia, com 6 casos, Roraima com 7, Acre (11), Piauí (25) e Distrito Federal (28).
Pelo menos 16 estados apresentaram queda nas mortes por ação policial em 2024. O recordista foi o Rio, onde os 869 casos de 2023 diminuíram para 659. Bahia vem em seguida (de 1,7 mil para 1.557). São Paulo teve o maior aumento, de 504 para 749, seguido por Mato Grosso, de 134 para 214.