VARSÓVIA, 18 NOV (ANSA) – O Exército da Polônia prendeu 100 migrantes que cruzaram a fronteira com Belarus na madrugada desta quinta-feira (18) e acusou o país vizinho de organizar a travessia.   

O incidente ocorreu em meio às acusações da União Europeia de que o regime do presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, está usando deslocados internacionais como arma política em retaliação pelas sanções do bloco contra o país.   

Milhares de migrantes, a maioria deles do Oriente Médio, estão acampados perto da fronteira polonesa para tentar entrar na UE, que acusa Belarus de facilitar o trânsito dos deslocados para criar uma nova crise migratória na união.  

No início da semana, o Conselho da UE aprovou a extensão do regime de sanções contra o país, o que permitirá a Bruxelas punir indivíduos e empresas, inclusive companhias aéreas e agências de viagem, que organizem ou contribuam para a travessia ilegal de migrantes.   

De acordo com o Ministério da Defesa da Polônia, forças bielorrussas fizeram uma missão de reconhecimento na fronteira e “provavelmente” danificaram uma cerca de arame farpado que separa os dois países na cidade de Dubicze Cerkiewne.   

“Então os bielorrussos obrigaram os migrantes a atirar pedras nos soldados poloneses para distrai-los. Um grupo de 100 migrantes foi detido”, acrescentou a pasta.   

Já os ministros das Relações Exteriores do G7 divulgaram nesta quinta um comunicado em que pedem para Belarus colocar um fim “imediato” na crise e condenam o regime Lukashenko por “orquestrar a migração irregular” nas fronteiras da UE.

Ainda assim, o ministro da Defesa da Polônia, Mariusz Blaszczak, reconheceu na última quarta que a crise pode demorar “meses, ou até anos”, para ser resolvida. (ANSA).   

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