Novo Porsche Panamera Hybrid custa a partir de R$ 803 mil no mercado brasileiro - Divulgação

O Porsche Panamera Hybrid passa a ir mais longe sem queimar gasolina na linha 2025. O modelo renovado, que chega ao mercado nacional por a partir de R$ 803 mil, recebeu baterias maiores.

Trata-se de um híbrido plug-in, que pode ser recarregado na tomada. A autonomia passou a ser de 63 quilômetros no modo elétrico, sendo que antes mal passava dos 30 km. Trata-se, contudo, de um detalhe para os que focam na esportividade.

O motor 2.9 V6 tem 470 cv na versão mais “fraca”, e a potência chega a 544 cv na opção 4S, vendida por R$ 922 mil. Esse foi o modelo testado no autódromo Velocità, em Mogi Guaçu (interior de São Paulo).

O carro traz a onipresente tela digital curva, que concentra as informações de direção. Embora os elementos gráficos sejam típicos da Porsche, essa solução está se tornando banal na indústria automotiva.

Mas banalidade é coisa rara em um carro da marca alemã, que oferece acabamento refinado e uma combinação de luxo e esportividade que impulsiona as vendas mundo afora. Há cuidado em tudo o que os olhos veem e os dedos tocam.

Após acionar a partida —o botão fica do lado esquerdo do volante—, nada se ouve. O funcionamento começa no modo elétrico, que conduz as primeiras ações.

Na pista, contudo, é o V6 que dá as ordens. O sedã de cinco metros de comprimento acelera com disposição, ignorando suas mais de duas toneladas. De acordo com a fabricante, é possível chegar aos 100 km/h em menos de quatro segundos.

O teste é comandado por pilotos que conduzem um comboio de três carros. O objetivo é copiar o trajeto feito pelos profissionais contratados pela Porsche. Não houve dificuldade, graças a um novo recurso disponibilizado pela fabricante.

Trata-se da suspensão inteligente Active Ride, que traz amortecedores dotados de válvulas —e muita eletrônica— para corrigir as oscilações da carroceria em milésimos de segundo.

É algo mágico, cujo assombro proporcionado pelas reações na pista remetem ao que a Citroën causou ao apresentar o sistema hidropneumático do DS, em 1955.

Em uma freada mais forte, o sistema desenvolvido pela Porsche eleva ligeiramente a frente da carroceria, evitando o mergulho. Ao fazer desvios rápidos, a carroceria se mantém estabilizada, sem rolar.

São reações tão diferentes do esperado que chegam a causar náuseas após algumas voltas, ao mesmo tempo que fazem um motorista convencional se sentir o rei dos circuitos de competição.

Fora das pistas, o sistema ajuda a evitar acidentes, já que preserva a estabilidade em situações de emergência. Há, contudo, um problema: o Active Ride é opcional e custa R$ 57 mil.

Pelo valor elevado, ainda deve demorar a chegar em carros de segmentos menos caros. Mas como é comum na indústria automotiva, as soluções tecnológicas nascem nas pistas, passam para os modelos esportivos de rua e, por fim, estreiam em veículos vendidos em grandes volumes.

Com informações da Folha de São Paulo

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