Foto: José Medeiros/Agência Pública

A morte de Bruno Pereira e Dom Phillips, ambos assassinados no dia 5 deste mês, por pescadores que atuam ilegalmente no Vale do Javari (AM) ainda é motivo de muita comoção em Atalaia do Norte onde várias organizações representativas dos povos indígenas da região estão concentradas.

Na última quinta-feira, 23, por exemplo, em Atalaia do Norte (AM), centenas de indígenas de várias etnias pediram justiça pelo assassinato de Bruno Pereira, Dom Phillips e Maxciel Pereira, em manifestação em frente da sede da Fundação Nacional do índios (Funai).

Com críticas à indiferença do governo federal e do presidente do órgão em Brasília, Marcelo Xavier, na pronta e imediata investigação e busca dos desaparecidos, exibiram cartazes e pediram a exoneração de Xavier.

O cacique kanamari Eduardo Dyanim exigiu a presença do estado – Polícia Federal, Exército e Ibama – na região dos rios Itaquaí e Curuçá ocupados identificados como território indígena.

Ainda fortemente abalado com a morte de Bruno e Dom, assassinados com vários tiros de espingarda – depois de executados eles foram esquartejados e queimados – Kanamari Dyanim alertou que, com a força, coragem e valentia dos guerreiros indígenas do Javari, irão reagir ao menor sinal de nova agressão.

O pronunciamento de Kanamari Dyanim – todo ele no idioma da etnia – provocou comoção, principalmente no momento que se referiu a Bruno como um “kanamari” que cantava e vivia como kanamari, que deu a vida pelo povo kanamari.

Os kanamaris destacam-se entre as etnias mais representativa do Vale do Javari, com uma população estimada em mais de 7 mil indígenas, segundo dados da Funai.

Leia matéria completa aqui (https://apublica.org/2022/06/se-morrer-um-indigena-no-vale-do-javari-a-gente-vai-reagir-tambem-diz-lider-kanamari/)

Artigo anteriorDetran-AM encerra atividades da semana do 55º Festival Folclórico sem registro de acidente com vítima fatal
Próximo artigoRússia bombardeia shopping na Ucrânia com centenas de civis