São Paulo — O prefeito da cidade de São José do Barreiro (SP), Alexandre de Siqueira Braga (PSD), conhecido como Lê Braga, preso na segunda-feira (19/2) pela Polícia Federal (PF) é acusado de agredir fisicamente um adversário político no início deste ano.
O ex-vereador Luís Eduardo Santos Ribeiro (PL) afirma ter sido ameaçado de morte por Braga durante a realização de uma micareta na cidade. A vítima registrou boletim de ocorrência na madrugada do último dia 13 de janeiro, dizendo ter encontrado o prefeito no corredor de um restaurante. No documento policial, Luís Eduardo relata ter sido agredido e derrubado no chão. Foi quando o agressor teria dito “Vou te matar, filho da p*”.
O B.O. foi registrado na cidade vizinha de Queluz.
A ficha do atendimento médico feito pela Unidade de Saúde de São José do Barreiro relata hematomas e escoriações na vítima (veja abaixo fotos da vítima).
Lê Braga e Luís Eduardo foram adversários nas eleições municipais de 2020, quando o atual prefeito foi reeleito com 53,77% dos votos.
De acordo com a Comunicação da Prefeitura de São José do Barreiro disse ao Metrópoles, como o prefeito não foi oficialmente afastado, não há definição de quem ocupa o cargo enquanto Lê Braga permanece detido.
Preso de abadá
Lê Braga é acusado de ter usado um veículo oficial da Secretaria de Saúde da cidade, que fica a 233 quilômetros de São Paulo, para viajar durante o Carnaval. As autoridades suspeitam de crime de responsabilidade fiscal, já que o combustível do veículo utilizado pelo prefeito é financiado com recursos da União.
Segundo informações da PF, o prefeito de São José do Barreiro estaria acompanhado da esposa e de mais três casais, em uma van da Secretaria de Saúde da cidade, voltando do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Em uma operação no Pedágio de Moreira César, em Pindamonhangaba, o carro foi abordado pela PF, com o prefeito e os integrantes que o acompanhavam vestindo abadás.
Lê Braga foi levado para a delegacia da Polícia Federal em Cruzeiro.
O Metrópoles procurou a Prefeitura de São José do Barreto, que não emitiu posicionamento. O espaço segue aberto para a manifestação de Lê Braga.
