Por Castelo Branco – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio do Carmo Neto (PSDB), é um verdadeiro estadista. Respeitadíssimo em Brasília, talvez seja um dos poucos políticos brasileiros sem rabo preso, com trânsito livre nas diversas esferas da República Brasileira e, sobretudo, muito inteligente e letrado. Quase um gênio. Ou era.
Por que a dúvida. Por quê, talvez – talvez não é uma afirmação – , já comece a perder boa parte da sua decantada agilidade mental, uma vez que ao branquear os cabelos com a prata da idade, parece desandar a fazer certas asneiras que não condizem com a sua condição de estadista.
Ora, mas o que fez o melhor prefeito do mundo, tão digno de reprovação? Descompensou? Aliou-se à dona Dilma Rousseff? Não, não chegou a tanto. Explica-se, para os mais curiosos.
É que, enquanto a categoria educadora municipal manauara amarga fome e range os dentes face os salários vergonhosos, ele, o prefeitão Arthur, no Dia do Professor, tenta adocicar a boca dessa laboriosa e desprestigiada classe, festejando a data magna desses infelizes, mandando vir do Rio de Janeiro grupo de samba Fundo de Quintal para posar de ponto alto na festa dedicada aos mestres municipais manauaras.
Mas o que tem de mais trazer um grupo de pagodeiros para abrilhantarem uma festa para os professores municipais manauaras?
É muito simples, senão vejamos.
Primeiro é que esse grupo de pagode não vem a Manaus para tocar de graça e no mínimo, em tempos de crise econômica, sairá daqui levando uns R$ 100 mil. Repetindo: NO MÍMINO.
Fora, é claro, as passagens aéreas, hospedagem, alimentação, etc. Tudo pago com grana do erário público municipal manauara.
Ok, ok, ok! Mas e daí?
Daí é que se o Arthur Neto quisesse mesmo festejar o Dia do Professor, beneficiando os desgraçados que optaram por exercer essa profissão sob a égide da Semed, ele, o prefeitão, poderia pegar essa grana que vai cair os bolsos dos pagodeiros, e comprar tudo em espelhinhos para dar de brinde aos professores como recordação da festa deles.
E porque espelhinhos? Porque do jeito que a coisa tá, nossos professores estão posando de índios.
Ou poderia comprar mil jogos de vasos sanitários para sorteá-los entre os professores municipais manauaras. Ou, quem sabe, mil bicicletas ou 10 carros. Ou, ainda, 40 viagens-prêmio a Aruba, a Paris. Imaginem o ganho social que iria produzir com o sorteio de 10 carro?
Mas contratar grupo de pagodeiros para adocicar os “operosos” professores municipais manauaras… Sem essa. Corta essa.
É o mesmo que distribuir preservativo pra língua, sabor pimenta, em festa de castas criancinhas de jardim-de-infância!
Arthur Neto pode até ter sido gênio, mas de uns dias para cá tem pisado feio na bola.
Senão evitaria contratar pagodeiros e não torraria tanta grana com peças publicitárias jogadas nos mas media (rádio, jornal, blogs, portal e televisão) a bom azucrinar os ouvidos do contribuinte que, no final, é quem paga o pato.
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