Phil Limma

A Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), elabora os estudos arquitetônicos para as obras da segunda etapa do programa “Nosso Centro”, lançado pelo prefeito David Almeida em 2021, cujas primeiras construções foram entregues este ano: mirante Lúcia Almeida, largo de São Vicente, casarão Thiago de Mello, píer turístico Manaus 355 e skyglass na varanda do mirante.

Os estudos são realizados para as obras da reforma do Museu do Porto e da Casa Vermelha, no centro da capital, zona Sul. Os espaços foram selecionados dentro do novo PAC Seleções, do governo federal, em março, após a apresentação dos projetos pela prefeitura.

O Executivo municipal assinou termo de compromisso com o governo federal, via Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), sendo o Implurb a unidade executora, com a finalidade de elaborar processo de contratação de projetos técnicos para o restauro das duas edificações, que hoje se encontram em estado de abandono. O termo prevê a contratação de projetos para os imóveis localizados na rua Governador Vitório, 121.

Conforme o termo assinado entre as partes, dentro da contratação, estão o desenvolvimento de projeto básico; termo de referência; licenciamentos prévios delegados à empresa contratada; e declaração sobre a sustentabilidade do objeto. O valor do termo é de R$ 350 mil.

“O termo firmado tem como unidade executora do processo o Implurb. Alguns meses atrás, fizemos a inscrição de dez projetos e acabamos contemplados pelo PAC Seleções com os dois. A assinatura do Termo de Compromisso é exatamente para firmar a liberação de recursos federais para a contratação de projetos de restauro para essas importantes edificações. O Museu do Porto e a Casa Vermelha fazem parte da segunda etapa do ‘Nosso Centro’. Estamos trabalhando na segunda etapa, com novas obras, e as primeiras são os dois imóveis, fazendo um resgate da nossa história”, explicou o diretor de Planejamento do Implurb, Pedro Paulo Cordeiro.

Ele completa dizendo que o futuro espaço, após a obra, vai contemplar tanto a exposição de objetos que fazem parte de todo acervo da história do Museu do Porto quanto um segundo acervo, tecnológico e digital, fazendo o elo entre o antigo e os tempos atuais, tendo como linha do tempo a relação do porto com a cidade.

“Esse conjunto envolve um circuito estruturado e sistematizado de intervenções que poderão e darão um novo patamar para o programa ‘Nosso Centro’, que tem obras inauguradas e em pleno funcionamento, levando mais vida ao bairro. E todas as obras já entregues foram executadas com recursos da própria gestão David Almeida”, lembrou o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente.

Projetos

Dentro do programa “Nosso Centro”, a atenção da Prefeitura de Manaus está voltada à Casa de Máquinas, o Museu do Porto da capital, um imóvel tombado pelo Iphan, do Amazonas.

A edificação recebe estudos do Implurb e projetos para requalificação e revitalização para voltar a ser ponto de visitação de amazonenses e turistas, com nova ambiência e recuperando a edificação histórica de tijolinhos e o casarão. O espaço está fechado há mais de 20 anos.

A reabilitação prevê ações na Casa Vermelha, anexa ao complexo portuário, no Centro, na rua Governador Vitório, esquina com a travessa Vivaldo Lima. A Casa de Máquinas esteve em funcionamento pleno no porto até meados da década de 1950, mas o museu só foi inaugurado em 1998.

Revitalização

Pelo porto, Manaus exportava produtos extraídos da terra, como a famosa borracha, e importava de joias aos mais finos tecidos, além de materiais que ajudaram a construir a cena Belle Époque, como o ferro para o Teatro Amazonas.

A grande missão nessa intervenção urbanística e patrimonial será de resgatar a memória para contá-la ao público, mostrando a importância das águas, do local de embarque e desembarque em uma imensa viagem no tempo juntando passado, presente e futuro.

Na edificação histórica, estão as máquinas geradoras da Manáos Harbour Limited, empresa inglesa contratada para construir o porto. Fazendo as pontes entre passado e presente, o projeto deverá abrigar atrativos para geração de emprego e renda, como um café.

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