
A Prefeitura de Maués, sob a gestão da prefeita Macelly Veras, comemorou, nos primeiros dez meses de administração, a reativação da Organização dos Professores Indígenas Sateré-Mawé, que estava desativada há mais de 26 anos.
De acordo com a prefeita, o principal elo da organização é a formação na língua materna dos professores, aspecto que, segundo ela, ficou esquecido por mais de duas décadas.
“A retomada da organização, agora chamada de Muereto, marca uma nova era de valorização e fortalecimento da educação indígena no município”, destacou Macelly Veras.
A prefeita reafirmou ainda o compromisso da gestão municipal com o povo Sateré-Mawé, na construção de um modelo educacional que respeite identidades, fortaleça culturas e transforme vidas.
O coordenador da Educação Indígena da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Jafe Michiles, destacou que a reativação da organização é “um sonho que se arrastou por mais de duas décadas”. Segundo ele, a educação indígena avançou significativamente neste período de gestão, refletindo os anseios das comunidades.
Entre as conquistas recentes, está a aprovação de um projeto político-pedagógico voltado exclusivamente à educação escolar indígena Sateré-Mawé, consolidando diretrizes próprias para a formação docente e o ensino nas aldeias.
Conforme lembrou Michiles, durante três dias e meio de atividades, na comunidade Vila Nova II, no rio Marau, 236 professores participaram de debates sobre a formação pedagógica e o fortalecimento da língua materna, por meio do projeto Musuembo, além de temas relacionados à educação infantil modular, do 6º ao 9º ano.
“Hoje, a Semed tem um novo modelo de educação escolar indígena, que é o caminho certo a ser seguido”, afirmou o coordenador.










