Na manhã desta segunda-feira (15/4), um esforço conjunto das secretarias municipais de Limpeza Urbana (Semulsp) e Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima (Semmasclima) mobilizou 30 garis e três caminhões para limpar e separar cerca de quatro toneladas de lixo despejadas indevidamente. O incidente ocorreu em frente ao Aterro Sanitário de Manaus, na AM-010, e foi protagonizado pelo deputado federal Amom Mandel (Cidadania) e sua equipe no final da tarde de sábado (13).
O descarte foi realizado apesar das orientações prévias para que o lixo fosse depositado em coletores autorizados. A ação desencadeou uma resposta imediata das autoridades locais, que organizaram um mutirão para mitigar os impactos ambientais e operacionais causados pelo descarte irregular.
Sabá Reis, titular da Semulsp, enfatizou a importância e o respeito ao trabalho dos garis, que dedicam suas manhãs à manutenção da limpeza da cidade. Ele detalhou o processo de separação do material recolhido: “Estamos dando a destinação correta ao material, como plástico e garrafa PET, que será enviado para associações de catadores”, explicou.
Além disso, Reis destacou que ninguém, incluindo figuras políticas como o deputado Mandel, está acima da lei. Ele reiterou que o acesso ao aterro é controlado e sujeito a taxas, ressaltando a necessidade de seguir os procedimentos legais para o descarte de resíduos.
O deputado Amom Mandel diz que a questão surgiu após uma ação de limpeza de igarapés realizada por ele e centenas de voluntários, que resultou na coleta de lixo destinado ao aterro sanitário municipal, localizado no quilômetro 19 da rodovia AM-010. No entanto, o grupo foi impedido de depositar o lixo no aterro, supostamente por falta de autorização prévia, o que Mandel contesta, alegando que em ocasiões anteriores, a entrada havia sido autorizada para ações similares.
Mandel afirma que funcionários do aterro sugeriram deixar o lixo na entrada do local para posterior coleta por caminhões credenciados, uma solução que ele considerou uma prova de consentimento dos funcionários às suas ações.
Clima fedeu na entrada do aterro sanitário
O episódio da coleta de lixo nos igarapés de Manaus, marotamente representado pelo deputado Amom Mendel, pré-candidato à prefeitura de Manaus, foi premiado com um novo capítulo, grotescamente escrito e protagonizado pelo secretário Municipal da Limpeza Pública, Sabá Reis, neste final de semana, na entrada do Aterro Sanitário de Manaus.
Como se tivesse acabado de chegar de breve viagem no túnel do tempo e incorporado toda a arrogância, intolerância, e os desmandos do morto e sepultado coroné de barranco, Sabá Reis atirou no chorume do aterro sanitário todo princípio de urbanidade e espírito publico e, sem hesitar, barrou Amom Mendel e acompanhar a entrevista coletiva convocada por ele para falar sobre o episódio.
Na entrada do Aterro Sanitário onde aguardava a imprensa, ao perceber a chegada de Amom, Sabá Reis foi invadido por um espécie, digamos assim, de aspecto sombrio, nada amigável.
A partir daí, todo o destempero do secretário aflorou-se incontrolável.
– Tudo bem secretário? Boa tarde. Tudo bem? Vamos lá começar? sugeriu Amom Mendel
– Começar o quê? indagou com ar de poucos amigos, Sabá Reis.
– A coletiva, eu quero assistir, também, prossegui o deputado.
– Ô rapaz, tu pensas que o tu és o quê? retorquiu o secretário.
– Como assim? indagou com surpresa Amom.
– Como vais querer entrar lá e assistir a coletiva? Tu não fostes convidado, não – disse Sabá.
– Ah! eu não posso saber o que o senhor vai Falar? insistiu Amom
– Tu não fostes convidado, rebateu Sabá.
– O senhor não quer que eu entre para saber o que o senhor vai falar? quis saber Amom.
– Hoje, de manhã, você, invadiu, comentou secretário, referindo-se ao lixo jogado na entrada do aterro, por Amom, que a administração do aterro se recusou a recebê-lo.
– Eu bati na porta, tentou consertar Amom.
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