Mais um capítulo de confusão no Boi Garantido ocorreu na manhã deste domingo (10/07), quando uma decisão do presidente Antônio Andrade dissolveu a assembleia de prestação de contas do exercício financeiro 2021 marcada pelo Conselho Fiscal. O curral Lindolfo Monteverde ficou lotado de sócios que passaram cerca de três horas em pé, mas a diretoria vermelha sabotou a reunião por não disponibilizar a estrutura nem mesmo lista oficial para a assinatura na entrada.
Antônio Andrade se equivaleu de uma recomendação do comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar do Amazonas, Major Leandro Moreira, para adiar a assembleia convocada pelo Conselho Fiscal, por conta da iminência de insegurança no local, em virtude das ocorrências de vandalismo contra o patrimônio do bumbá no complexo da “Cidade Garantido”, por protesto de trabalhadores por cobrança de pagamento na sexta-feira (08/07).
Na madrugada deste domingo, na surdina na calada da noite, o presidente do Boi Garantido publicou edital de nova assembleia de prestação de contas para o dia 31 de julho. Os sócios que estavam prontos para a apreciação do parecer do Conselho Fiscal foram pegos de surpresa quando chegaram no curral Lindolfo Monteverde às 9h e se depararam com a desordem. O efetivo do 11º Batalhão da PM isolou o palco da “Cidade Garantido”.
Sem chegar a um consenso sobre a realização da assembleia, com receio de insegurança jurídica e estatutária, os sócios ainda tentaram se organizar para votar as contas do primeiro ano de mandato do presidente que se fez presente, acompanhado por advogados e diretora financeira interina, Ana Miranda. O presidente do Conselho Fiscal, Rozinaldo Carneiro, era favorável da manutenção da assembleia extraordinária.
Antônio Andrade chegou a subir o tom de voz, ao tomar o microfone das mãos do advogado Gerson Bezerra, membro do Conselho de Ética, ao declarar o adiantamento da assembleia convocada pelo Conselho Fiscal, para a realização da assembleia marcada pela Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido. Até mesmo a leitura do parecer do Conselho Fiscal o presidente se incomodou, ficou desconfortável e tentou impedir o ato por sucessivas vezes, sem sucesso.
Sem votação pela desorganização causada por um ato atribuído ao próprio Antônio Andrade, Rozinaldo Carneiro apresentou que as contas do presidente do Garantido possuem irregularidades, com a falta de documentos comprobatórios da aplicação dos recursos recebidos pelo Garantido no primeiro ano de gestão. A assembleia referente ao exercício de 2021 havia sido suspensa por decisão judicial no ano passado e vai para o terceiro round no dia 31 de julho.
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