Omar Vega/Getty Images

“Seria como Tarzan sem Chita. Impossível”. Essa foi a frase do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, ao ser questionado sobre a Libertadores sem clubes brasileiros. Após repercussão negativa, o dirigente publicou uma nota de retratação sobre o caso.

Veja o momento:

Domínguez se refere a sugestão da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, de que os times brasileiros deixem a federação sul-americana e se filiem à Concacaf, onde estão alocadas as equipes das Américas do Norte e Central, além do Caribe.

No entanto, a fala do presidente da Conmebol ocorre após o caso de racismo contra Luighi, jogador do Palmeiras, durante a Libertadores Sub-20, organizada pela entidade.

Confira a nota de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol:

“Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros. Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação”.

Entenda o caso:

  • O Palmeiras venceu o Cerro Porteño na Libertadores Sub-20 por 3 x 0, pela segunda rodada da fase de grupos.
  • Torcedores do Cerro, um deles com uma criança de colo, imitavam gestos de macaco e cuspiram na direção de Luighi e Figueiredo.
  • “O que fizeram comigo é crime, não vão perguntar sobre isso?”, protestou Luighi enquanto chorava na frente de um repórter.
  • Em nota, clubes rivais do Palmeiras e CBF pediram rigor na punição contra os racistas.
  • “Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas”, disse a Conmebol.
  • Vini Jr., do Real Madrid, que frequentemente protesta contra o racismo, apoiou o jovem de 18 anos.
  • Em coletiva de imprensa, Leila Pereira pediu a exclusão do time Cerro Porteño de todas as competições da Conmebol.
  • Cerro Porteño se desculpou por meio de carta.
  • A Conmebol aplicou multa ao time paraguaio, mas a punição saiu barata, segundo Leila e CBF.
  • Leila Pereira, em protesto contra a punição branda, não compareceu ao sorteio da Libertadores.
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