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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou, nesta quarta-feira (12/2), que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conceda a autorização necessária para que a Petrobras avance nos estudos de exploração de petróleo na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. O projeto, que prevê investimentos bilionários, enfrenta forte resistência de ambientalistas devido ao risco de danos ecológicos à região.
A Petrobras tem planos de investir US$ 3,1 bilhões na exploração de petróleo e gás ao longo da Margem Equatorial, uma área que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. A companhia pretende perfurar 16 poços nos próximos cinco anos, mas a continuidade do projeto depende da liberação do Ibama, que até agora mantém cautela diante dos impactos ambientais envolvidos.
Durante entrevista à rádio Diário FM, de Macapá, Lula expressou descontentamento com a postura do Ibama e deu a entender que o órgão estaria dificultando as decisões do próprio governo. “Não é que eu vou mandar explorar, eu quero que ele seja explorado. Mas, antes disso, precisamos pesquisar, ver se há petróleo e qual a quantidade disponível”, afirmou o presidente.
Lula também revelou que a Casa Civil organizará uma reunião com o Ibama para debater o tema. Segundo ele, a Petrobras deve ter permissão para realizar os estudos antes de qualquer decisão definitiva sobre a exploração. “O que não dá é ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, mas parece que está contra o governo”, criticou o presidente.
O impasse entre governo, Ibama e ambientalistas reacende o debate sobre o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Enquanto defensores do projeto argumentam que a exploração pode fortalecer a economia e a geração de empregos, opositores alertam para os riscos de impactos irreversíveis à biodiversidade da região.