(Foto: Reprodução Youtube)

O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, foi libertado nesta quinta-feira (12) e está sendo deportado de Israel após permanecer quatro dias detido. Segundo a ministra Gleisi Hoffmann (PT), da Secretaria de Relações Institucionais, o ativista “já está embarcado a caminho do Brasil”. Ela ainda condenou a prisão do brasileiro: “a prisão dele e dos ativistas que foram impedidos de levar ajuda humanitária a Gaza foi mais uma violência do governo de Netanyahu. Toda solidariedade ao povo palestino”.

Segundo o centro jurídico Adalah, que atua na Palestina ocupada e acompanha o caso, Thiago Ávila foi preso na madrugada de segunda-feira (9) junto a outros 11 militantes que participavam da Flotilha da Liberdade, uma expedição internacional que buscava romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. O grupo navegava em águas internacionais no Mar Mediterrâneo quando o barco foi interceptado por forças da marinha israelense.

A iniciativa, composta por ativistas e organizações de diversos países, pretendia entregar suprimentos à população palestina de Gaza, que enfrenta um severo bloqueio humanitário há anos. O veleiro Madleen, onde estavam os militantes, tinha como destino o litoral de Gaza.Repressão e greve de fome – De acordo com a advogada de Ávila, ele foi transferido na quarta-feira (11) para uma cela solitária em uma prisão israelense, após ter iniciado uma greve de sede e fome como forma de protesto contra a prisão arbitrária. A defesa acredita que o isolamento foi uma forma de retaliação, já que o brasileiro exercia a função de coordenador da Flotilha da Liberdade.

“O Thiago foi ameaçado pelas autoridades israelenses com sete dias de confinamento solitário”, disse a advogada, que também relatou restrições ao acesso da equipe jurídica e condições precárias nas celas.

O centro jurídico Adalah afirmou que os detidos sofreram maus tratos durante a detenção, incluindo privação de sono, alimentação e água potável, além de terem enfrentado isolamento forçado. O grupo também denunciou dificuldades impostas ao contato com seus advogados.

Missão interrompida – A missão da Flotilha da Liberdade visava romper simbolicamente e materialmente o cerco israelense à Gaza, levando ajuda humanitária a uma população assolada por bloqueios e bombardeios. A interceptação do barco e a prisão dos ativistas reacendem os debates sobre a legalidade do bloqueio e a repressão israelense a iniciativas civis de solidariedade internacional.

Com informações de Brasil 247.

Artigo anteriorPrefeitura de Manaus inicia oferta de preventivo em meio líquido na zona rural
Próximo artigoGoverno do Amazonas realiza pagamento de indenizações às famílias em Humaitá