Os acidentes com animais peçonhentos continuam sendo um problema relevante de saúde pública no Brasil, especialmente entre populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas da Amazônia. A dificuldade de acesso ao tratamento adequado pode resultar em sequelas permanentes e até óbitos. Vencedora da categoria Ciências da Vida do prêmio Para Mulheres na Ciência, do Grupo L’Oréal no Brasil em parceria com a UNESCO e Academia Brasileira de Ciências (ABC) deste ano, a pesquisadora Jacqueline Sachett, professora da Universidade do Estado do Amazonas, desenvolve um projeto que busca aprimorar o cuidado oferecido a vítimas de picadas de jararaca, um dos acidentes ofídicos mais comuns no país.

Sua pesquisa investiga a eficácia da fotobiomodulação, técnica terapêutica que utiliza luz em baixa intensidade, como complemento ao antiveneno tradicional. A expectativa é que a abordagem reduza infecções secundárias e acelere o processo de recuperação dos pacientes. Além disso, Jacqueline pretende mapear as incapacidades físicas e neurossensoriais provocadas pelo envenenamento, entendendo como essas sequelas impactam a qualidade de vida a longo prazo. “Quero chamar atenção para este tema, pois precisamos de políticas públicas que ajudem a garantir melhor qualidade de vida para os pacientes. Este problema é importante não apenas para a Amazônia, mas para todo o Brasil”, afirma a pesquisadora.

Enfermeira de formação, Jacqueline decidiu seguir carreira científica logo após a graduação, motivada pelo desejo de deixar um legado, formar novos pesquisadores e melhorar o cuidado com pacientes vulneráveis. Trabalhando em uma área historicamente dominada por homens, ela destaca os desafios enfrentados pelas mulheres na ciência, sobretudo na disputa por espaços de liderança. “Muitas vezes, a opinião feminina não tem o mesmo peso. Precisamos lutar para sermos ouvidas”, comentou. As poucas mulheres que chegaram ao topo da área servem como inspiração para ela, como as cientistas Ana Moura e Fan Hui, do Instituto Butantã, que influenciam diretamente sua trajetória.

Para Jacqueline, ser reconhecida pelo prêmio tem um significado ainda maior por atuar na região Norte, onde o acesso a recursos é mais limitado. “Fiquei muito emotiva ao receber a notícia. Sinto que represento a Amazônia é um tema de pesquisa negligenciado, que afeta principalmente pessoas de baixa renda, trabalhadores rurais e populações tradicionais. Essa visibilidade abre portas e fortalece novas parcerias”, celebra.

Sobre o Grupo L’Oréal

O Grupo L’Oréal se dedica à beleza há 115 anos. Com seu portfólio internacional único de 38 marcas diversas e complementares, o Grupo gerou vendas no valor de 43.48 bilhões de euros em 2024 e conta com mais de 90 mil colaboradores em todo o mundo. Como líder mundial em beleza, a empresa está presente em todas as redes de distribuição: mercados, lojas de departamento, farmácias e drogarias, cabeleireiros, varejo de viagens, varejo de marca e e-commerce. Pesquisa & Inovação, e uma equipe de pesquisa dedicada de 4.000 pessoas, estão no centro da estratégia da L’Oréal, trabalhando para atender as aspirações de beleza em todo o mundo. Reforçando seu compromisso de sustentabilidade, a L’Oréal anunciou o programa L’Oréal Para o Futuro e estabeleceu metas ambiciosas de desenvolvimento sustentável em todo o Grupo para 2030, visando capacitar seu ecossistema para uma sociedade mais inclusiva e sustentável.

No Brasil, o quarto maior mercado de beleza do mundo, a companhia completou 65 anos em 2024 e é uma das líderes entre as empresas de beleza, com um portfólio de 22 marcas no país, como L’Oréal Paris, Maybelline, Garnier, Niely, Colorama, Kérastase, L’Oréal Professionnel, Matrix, RedKen, La Roche Posay, Vichy, SkinCeuticals, CeraVe, Lancôme, Giorgio Armani, Yves Saint Laurent, Ralph Lauren, Cacharel, Prada, Azzaro, Valentino e Mugler.
 

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