Encerrando mais uma etapa do processo de implementação da Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares, a Prefeitura de Manaus concluiu na manhã de quinta-feira, 27/6, a segunda oficina sobre o uso de plantas medicinais, iniciada na terça-feira, 25/6, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Nilton Lins, no bairro Parque das Laranjeiras, zona Centro-Sul. A ideia é utilizar procedimentos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais e que podem ser utilizados de forma integrada com a medicina convencional na prevenção às doenças ou no tratamento de doenças crônicas.

Coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio da Gerência de Promoção da Saúde (GPROS/Semsa), a oficina foi direcionada para profissionais da rede municipal de saúde e abordou questões como conceitos relacionados às Práticas Integrativas e Complementares (PICS), técnicas de preparo de plantas medicinais e a ação no organismo, o tratamento com plantas medicinais e benzimentos indígenas, encerrando com dicas de cultivo.

A técnica da Gerência de Promoção da Saúde, fisioterapeuta Gabriela Santos, explica que a oficina foi a primeira de uma série de outras que serão realizadas sobre as Práticas Integrativas e Complementares. “O objetivo da oficina foi repassar aos profissionais informações sobre os fitoterápicos que já são utilizados na rede municipal e sobre a utilização correta das plantas medicinais”, informou Gabriela Santos.

Ela esclarece que a prescrição dos medicamentos fitoterápicos é feita pelo profissional médico, mas que é importante que todos os profissionais da rede de saúde tenham informações sobre o tema para orientar a população e aplicar as técnicas de acordo com o trabalho realizado nos serviços de saúde.

A oficina reuniu profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), de Policlínicas, da Estratégia Saúde da Família e das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “Eles agora têm mais informações sobre as PICS, sobre os benefícios das plantas medicinais e conhecem as técnicas de cultivo, podendo utilizar esses recursos em ações terapêuticas com o paciente de acordo com o tipo de serviço em que atuam”, afirmou Gabriela Santos.

Para a farmacêutica Luana Lima Santana, que trabalha no Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), serviço da Prefeitura de Manaus que atende crianças e adolescentes com transtornos mentais, a oficina ofereceu muitas informações úteis que podem ser aplicadas em um serviço como o CAPSi.

“O CAPSi atende crianças e adolescentes com transtornos mentais e são pacientes que precisam passar por terapias constantemente. A oficina permitiu visualizar as aplicações das plantas medicinais nos processos de terapia não medicamentosa. Acredito que pode ajudar no tratamento de alguns transtornos, como ansiedade, e o cultivo de plantas medicinais poderá ser utilizado como oficinas terapêuticas, trabalhando não somente com crianças e adolescentes, mas também os pais e responsáveis. Além disso, as práticas integrativas representam uma possibilidade de colaborar na redução do uso de medicamento industrializados, complementando o tratamento dos pacientes”, afirmou Luana Santana.

Procedimentos

A Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares foi aprovada pelo Ministério da Saúde em maio de 2006 com cinco procedimentos terapêuticos. Atualmente abrange 29 procedimentos: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia, terapia de florais, ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.

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