O Ministério Público do Estado (MPE), segundo o promotor Luiz Vasconcelos, já dispõe de um conjunto de provas para denunciar o ex-prefeito do município de Presidente Figueiredo, Romeiro Mendonça, por formação de quadrilha e outros crimes como improbidade administrativa, peculato, lavagem de dinheiro.
De acordo com o promotor, apesar das movimentações ardilosas adotadas pela organização criminosa para camuflar os crimes praticados em Presidente Figueiredo, as investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) não deixaram que nada escapasse do controle do MPE.
Entre as manobras praticadas pela Ocrim, Luiz Vasconcelos falou da utilização de uma drogaria em Parintins usada subjacentemente para lavagem de dinheiro.
Segundo ele, a drogaria recebia valores de contratos mantidos com o município de Presidente Figueiredo e no mesmo dia emitia cheques para servidores da prefeitura ou para sócios de outras empresas, e para o próprio deputado Saullo Ramos.
A organização criminosa, de acordo com promotor, para ganhar licitações – o presidente da Comissão Permanente de Licitação à época era Jender de Melo Lobato – manipulava empresas pertencentes ao grupo criminoso.
O esquema da organização criminosa foi desmantelado após quebra dos sigilos fiscal, bancário e bursátil, determinados pela Justiça do Amazonas.
As investigações iniciadas 2017, após denúncias de vereadores de Presidente Figueiredo, apontam que o esquema gerou prejuízo estimado em R$ 23 milhões aos cofres públicos.
Ex-prefeito Romero Mendonça e deputado Saulo Vianna são alvos de operação Cachoeira Limpa, do MP