
O psicólogo Manoel Guedes Brandão Neto, de 42 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (21), em um terreno baldio na Avenida Lourenço Braga, no Centro de Manaus, nas proximidades da antiga penitenciária Raimundo Vidal Pessoa. O local, frequentemente usado por usuários de drogas, fica a cerca de 50 metros da residência da vítima.
O corpo apresentava diversas perfurações por golpes de faca e foi localizado por um catador de latinhas. Manoel estava desaparecido desde o domingo (20), quando saiu de casa por volta de 6h da manhã e não retornou.
Em entrevista ao Fato Amazônico, a irmã da vítima, Catarina Braga, afirmou acreditar que o irmão tenha sido morto por motivações homofóbicas. “Meu irmão era homossexual, e acredito que ele foi morto por mais de uma pessoa. Isso não foi um crime qualquer”, declarou.
Catarina relatou que no sábado (19), ambos estiveram juntos em um aniversário e, ao retornarem para casa, Manoel decidiu continuar a noite em um bar próximo de sua residência, tomando cerveja com amigos. Por volta de 3h da madrugada de domingo (20), ela enviou uma mensagem perguntando como ele estava, ao que ele respondeu que “estava tudo bem”.
“Disse a ele que estava tarde e que eu iria participar de uma corrida. Quando voltei, vi uma moto parada em frente de casa e um rapaz saindo com ela pela Lourenço Braga”, contou Catarina. Ela ainda relatou que Manoel foi visto por volta das 6h30 da manhã conversando com um morador de rua nas proximidades.
Mesmo após novas mensagens, ele parou de responder. Por volta das 9h, sem notícias do irmão, Catarina iniciou uma busca com ajuda de amigos. Durante as buscas, conseguiu imagens de segurança de um ponto conhecido como “Lanche da Tia”, na mesma avenida, onde Manoel aparece às 6h15 caminhando, o que seria um dos últimos registros dele com vida.
Quando o corpo foi encontrado, Manoel estava sem os tênis e sem a carteira. A família suspeita que ele tenha sido abordado, levado à força e assassinado durante um possível assalto, mas não descarta o crime de ódio.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o caso.







