O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia nesta quarta-feira (4) de realizar ataques contra pontes nas regiões de Bryansk e Kursk no final de semana. O colapso das estruturas deixou ao menos sete mortos e feriu 115.
Segundo Putin, as ações foram ataques terroristas direcionados à população civil e que tinham como objetivo sabotar as negociações de paz.
“Eles [ucranianos] estão pedindo uma reunião de cúpula [de líderes]. Mas como tais reuniões podem ser realizadas nessas condições? O que há para discutir? Como podemos negociar com aqueles que dependem do terror?”, questionou Putin.
Putin sugeriu ainda que qualquer cessar-fogo seria simplesmente usado para reabastecer a Ucrânia com armas ocidentais.
Ucrânia quer reunião de líderes
Delegações de Rússia e Ucrânia se reuniram na segunda-feira (2) para discutir propostas para um cessar-fogo.
Entretanto, os diplomatas apenas conseguiram concordar em uma grande troca de prisioneiros, assim como entrega de corpos de militares.
Segundo o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, todas as “questões-chave” nas negociações com a Rússia só podem ser resolvidas entre líderes.
A Ucrânia propôs realizar o encontro entre os dias 20 e 30 deste mês e sugeriu que Donald Trump, presidente dos EUA, poderia ser convidado.
Colapso de pontes e ataques contra a Rússia
nvestigadores russos disseram que a Ucrânia explodiu uma ponte rodoviária sobre uma ferrovia no sábado (31), no momento em que um trem de passageiros com 388 pessoas a bordo passava por baixo dela.
A segunda explosão foi registrada quatro horas depois em uma ponte ferroviária que passa por cima de uma rodovia na região de Kursk.
A estrada foi atingida com pedaços de um trem de carga que passava no momento da detonação, afirmaram os investigadores.
A Ucrânia não comentou as explosões de pontes e nem assumiu autoria do caso.
Além disso, os ucranianos realizaram um dos maiores ataques com drones dentro do território da Rússia, explodindo dezenas de aviões bombardeiros.
O serviço de inteligência doméstico da Ucrânia, o SBU, estimou os danos em US$ 7 bilhões e disse que a Rússia havia perdido 34% de seus porta-mísseis de cruzeiro estratégicos em seus principais aeródromos.
*com informações da Reuters
