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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 88% de avaliação negativa na visão do mercado e apenas 4% de positivo. Os números são da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (19/3). O levantamento também apontou que há no mercado 8% que consideram a gestão do petista como regular.

Na comparação com o levantamento anterior, Lula apresentou redução de 2 pontos porcentuais na avaliação negativa. Em dezembro do ano passado, o petista tinha 90% de negativo, 3% de positivo e 7% de regular.

A política econômica implementada pelo atual governo é tida como errada para 93% dos que responderam à pesquisa. Só 7% a enxergam como certa. Os números apresentam sensível variação na comparação com a sondagem de dezembro passado, quando 96% avaliavam a condução da economia do país como errada e 4% dão como certa.

O mercado considera que Lula, com 92%, é o principal responsável pela política econômica adotada. Na sequência, aparece o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 5%. Os demais entes são Congresso (2%) e Banco Central (1%).

Diante desse cenário, 83% dizem acreditar que a economia vai piorar e 13% pensam que vai ficar do mesmo jeito. Há também 4% que consideram que haverá melhora. Uma possível recessão no Brasil é considerada como risco existente por 58%, ante 42% que não enxergam haver essa possibilidade.

Para o mercado, o governo está preocupado, em primeiro lugar, com a popularidade. Taxa de juros, alta do dólar e controle da inflação aparecem na sequência. Aliás, dentre os que responderam à pesquisa, 82% acreditam que a inflação tende a crescer em 2025.

A inflação fechou 2025 com 4,79%, portanto acima do teto da meta, que é de 4,5%. Para tentar controlar o indicador, o Banco Central tem elevado a Selic, taxa básica de juros, que atualmente está em 13,25%. No entanto, reunião que se encerra hoje tende a elevar a Selic para 14,25%.

Os resultados divulgados pertencem à 8ª rodada da pesquisa Genial/Quaest, realizada de 12 a 17 de março, com 106 entrevistas a membros de fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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