
O ex-deputado federal Marcelo Ramos, pré-candidato ao Senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), reagiu com indignação ao artigo publicado nesta segunda-feira (10) no jornal Valor Econômico, assinado pelo economista Bruno Carazza, que classificou a Zona Franca de Manaus (ZFM) como um “modelo de negócios poluente” e “contraditório” em relação ao combate ao aquecimento global.
“Quanta imbecilidade! Quanta estupidez! O preconceito com a Zona Franca de Manaus de setores da elite econômica paulista e de determinados economistas está ultrapassando os limites do ridículo”, afirmou Ramos, em resposta contundente.
O ex-deputado ironizou o argumento do economista de que a produção de ar-condicionados na ZFM seria incoerente com as políticas de sustentabilidade. “É ridículo dizer que lutar contra o aquecimento global e produzir ar-condicionado é uma contradição. Como se as pessoas não pudessem se refrigerar porque o mundo está ficando mais quente”, criticou.
Defesa do modelo e dados sobre a preservação da floresta
Marcelo Ramos rebateu as críticas com dados sobre o papel da Zona Franca na preservação ambiental. Segundo ele, o modelo industrial é o principal responsável por manter o Amazonas com 97% de sua floresta preservada, o maior índice entre os estados da Amazônia Legal.
“O desmatamento não é menor na Amazônia por acaso. É menor porque existe uma matriz econômica industrial que permite gerar renda e riqueza sem destruir o meio ambiente. Só não entende isso quem é imbecil ou quem tem a mente, o coração e a alma carregados de preconceito, como parte da elite paulista”, declarou.
Ramos comparou ainda as taxas acumuladas de desmatamento, destacando que estados com economia baseada em pecuária, agricultura e mineração apresentam índices muito mais elevados.
“O Pará tem 77% da floresta preservada, Rondônia 62%, enquanto o Amazonas mantém 97%. Isso mostra que a Zona Franca é, sim, um modelo sustentável”, afirmou.
Contexto político e defesa da economia amazônica
A reação de Marcelo Ramos ocorre em um momento de intensos debates sobre a reforma tributária e os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus. O ex-deputado, que se posiciona como defensor histórico do modelo, reiterou que atacar a ZFM é atacar diretamente a principal estratégia de desenvolvimento sustentável da Amazônia.
“O que está em jogo é o futuro do nosso estado e da nossa floresta. Sem a Zona Franca, o Amazonas seria empurrado para o desmatamento e para a ilegalidade econômica. É hora de unir forças e reafirmar a importância desse modelo para o Brasil e para o mundo”, concluiu Ramos.










