Arquivo Pessoal

A médium Isabel Salomão de Campos, que morreu na madrugada desta segunda-feira (11/11), aos 100 anos, nasceu em Rochedo de Minas, Minas Gerais, em 22 de setembro de 1924. Ela era filha de imigrantes e cresceu junto a nove irmãos em Minas Gerais. Segundo relatos biográficos, com apenas 9 anos surgiram suas primeiras manifestações mediúnicas.

Aos 14 anos, com a ajuda da família, ergueu a Escola Rural Mista Bom Jardim. Pouco tempo depois, foi nomeada professora pelo município, chamando a atenção dos inspetores escolares por suas habilidades com as turmas, principalmente com a classe multiseriada, três séries em uma única turma.

Aos 17 anos, mudou-se para Juiz de Fora e começou a trabalhar no Instituto de Laticínios “Cândido Tostes”, onde ouviu falar pela primeira vez em Espiritismo com Vicentino Mazzini.

A partir daí, Isabel começou a participar efetivamente das reuniões espíritas. Ela ralatou quem ao entrar em contato com o espiritismo, percebeu que as “coisas” que via e ouvia desde a infância eram, na realidade, “presenças de espíritos”.

Em 1947, casou-se com Ramiro Monteiro de Campos, um militar, professor e advogado. Em um longo casamento de 58 anos, Isabel teve cinco filhos, onze netos e dois bisnetos.

Isabel Salomão chegou a ser dona de uma butique, mas com o crescimento de sua relevância no meio espírita, ela fechou a loja e foi atender os que buscavam por ajuda espiritual.

Conhecida carinhosamente como Dona Isabel, a médium recebeu honrarias como a Comenda Daniel Pinto Corrêa da Associação Comercial de Juiz de Fora, Título de Cidadã Honorária, Comenda Henrique Halfeld e do Sesquicentenário de Juiz de Fora, entregue a 150 personalidades, sendo a única presença feminina como pessoa física, em 2004, Troféu Mulheres do Novo Século, Troféu Voluntário das Gerais, pela Fiemg, na cidade de Ouro Preto.

Ela Lançou o CD Momentos de Paz e Jesus Amigo, escreveu três livros e inúmeros artigos.

Isabel dedicava mais de 10 horas dos seus dias ao trabalho junto ao povo, atendendo todos que batiam à porta da “A Casa do Caminho”, que se mantém aberta diuturnamente por um ideal seu, visto que “a dor não tem dia nem hora”.

Isabel Salomão foi pioneira ao criar, em 1979, o Plantão de Socorro Espiritual, que com uma equipe de plantonistas, atende diariamente mais de 500 ligações em suas 24 horas de pleno funcionamento.

“O que me deixa feliz é que tudo isso acontece por causa do Evangelho de Jesus”, afirmou, em vida, Isabel Salomão. Com informações de Metrópoles.

 

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