
Ainda não há pistas sobre os autores do assassinato do professor e advogado Fabio Schlichting, de 41 anos, que foi encontrado morto com o corpo carbonizado nessa segunda-feira (24/11), no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.
Schlichting era graduado em letras português – inglês na PUC-PR e depois se formou em direito pelo Centro Universitário Curitiba.
Ele, que era fluente em cinco línguas, trabalhava na Escola Suíço-Brasileira, estabelecimento de elite localizado na região do Alto de Boa Vista, também na zona sul, dando aulas de inglês e português. O professor também dava aula de inglês jurídico na Bilingual Minds, consultoria em ensino bilíngue.
Além disso, Fabio Schlichting prestava consultoria no ramo de direito internacional. Nas redes sociais, há vários registros de participação do advogado em palestras sobre direito migratório e direito dos EUA.
Em nota, a subseção Jabaquara da OAB lamentou a morte do colega e informou que o velório foi realizado no Cemitério Municipal de Vinhedo, interior do estado, na tarde dessa quarta-feira (26/11).
Já a escola enviou aos alunos um comunicado confirmando a morte do professor, “vítima da violência urbana” e lamentou o ocorrido. A unidade de ensino afirmou que tem uma equipe pedagógica e multidisciplinar, apoiada por especialistas em situações de luto em ambientes escolares, à disposição dos alunos.
O que aconteceu
- O professor e advogado Fabio Schlichting, de 41 anos, foi encontrado morto com o corpo carbonizado na última segunda-feira (24/11), no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.
- A vítima trabalhava na Escola Suíço-Brasileira, estabelecimento de elite localizado na região do Alto de Boa Vista, também na zona sul.
- O companheiro dele, médico, informou que tinha saído no último sábado e, quando voltou, Schlichting já não estava mais no apartamento.
- Ele quem registrou o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do professor.
- Não há pistas sobre os autores do crime.
Professor encontrado morto
Um homem que morava com o professor registrou em um boletim de ocorrência virtual que a vítima havia desaparecido dois dias antes de ter sido encontrada morta. Segundo o registro policial, o homem contou que saiu para uma festa por volta das 23h de sábado (22/11) e Schlichting ficou em casa.
A testemunha disse que retornou para o imóvel às 7h da manhã de domingo (23/11) e já não encontrou o professor. Nesse momento, ele conversou com o porteiro do prédio onde os dois moravam e constatou que a vítima teria saído de carro, sem saber a hora exata. Além disso, relatou à polícia que o desaparecido não estava recebendo mensagens nem ligações.
Por telefone, o depoente também contou às autoridades que entrou em contato com amigos e parentes da vítima, além de hospitais da região, e ninguém soube informar a respeito do paradeiro do professor.
Encontro do carro
Dois dias depois, policiais militares foram acionados pelo irmão da vítima, após o homem ter obtido informações sobre o local onde estava o carro do professor, na Rua dos Clarins, no Jardim Ângela, periferia da zona sul. Ao chegar ao local, os agentes encontraram o veículo, de modelo Renegade, trancado. No primeiro momento, o denunciante já desconfiava de que o corpo do irmão estaria ali, mas a suspeita só foi confirmada momentos depois.
O corpo foi encontrado parcialmente carbonizado, com sinais de violência e sangue no corpo. O caso foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que faz a investigação por meio de um inquérito policial “visando o total esclarecimento dos fatos”.










