Os investimentos na rede materno-infantil do Amazonas são crescentes. Entre 2020 e 2021, foram inaugurados 83 leitos nas sete maternidades de Manaus e 11 suítes para partos humanizados nos Centros de Parto Normal Intra-Hospitalar (CPNI). A ampliação faz parte da reestruturação da rede materno-infantil do Estado contemplada no programa Saúde Amazonas, por meio do projeto “Renasce Amazonas – Maternidades”.

Com investimentos de mais de R$ 7,8 milhões, as melhorias nas maternidades estaduais seguem determinação do governador Wilson Lima e incluem desde obras de reforma e ampliação de leitos ao aumento de recursos humanos, aquisição de equipamentos, entre outras mudanças que ajudam o Estado a reverter os índices de mortalidade materna e neonatal.

Dos 83 leitos inaugurados na rede materno-infantil, 31 estão na maternidade Ana Braga, 33 na Balbina Mestrinho e 19 no Instituto da Mulher Dona Lindu. Os leitos estão divididos em: leitos de enfermaria, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn), Unidades de Terapia Intensiva (UTI) materna, Unidades de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) e Canguru (UCINCa), Unidades de Gravidez de Alto Risco e leitos de estabilização para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).

Antes das inaugurações, o estado possuía 758 leitos nas sete maternidades da capital. Com as entregas, o número passou para 841 leitos, um aumento de 10,9%.

Modelo
Uma das unidades com ampliação no número de leitos foi a Maternidade Ana Braga, que é considerada modelo de gestão do atendimento às grávidas amazonenses. Nos últimos três anos e meio, a maternidade saltou de 15 leitos de UTIn para 20 leitos, um aumento de 33%.

A unidade ganhou, ainda, o Albergue Mãe Ísis, que conta com 10 leitos para acomodar pais e familiares de recém-nascidos na unidade, que necessitam permanecer internados em leitos da UTIn, por conta da prematuridade ou doenças crônicas.

Centro de Parto Normal – Ainda como parte do projeto “Renasce Amazonas – Maternidades”, duas unidades do Estado passaram a contar com um CPIN: a maternidade Balbina Mestrinho, em 2019, e o Instituto da Mulher Dona Lindu (IMDL), em 2020. Os dois centros, juntos, dispõem de 11 suítes para as mamães e os bebês.

A estrutura do CPNI permite à mãe escolher a posição mais confortável em que deseja ter o filho, em caso de parto normal, incluindo a experiência de parto na água. O acolhimento da gestante é realizado pela equipe de enfermagem da unidade e a visita é conduzida pela equipe de enfermeiras obstetras, que realizam toda assistência durante o parto.

Na maternidade Balbina Mestrinho, o centro foi eleito, em 2020, uma das 16 experiências exitosas da rede SUS na premiação Laboratório de Inovação em Enfermagem, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen).

Lean nas Emergências

Outra iniciativa que vem melhorando o fluxo nas unidades de saúde e proporcionando um melhor atendimento aos pacientes é o projeto “Lean nas Emergências”, realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).

A iniciativa começou a ser implantada, em abril de 2022, nas maternidades Ana Braga, Balbina Mestrinho e Instituto da Mulher Dona Lindu, unidades de alta complexidade da rede estadual de saúde.

A metodologia “Lean” é uma ferramenta do Ministério da Saúde, implementada em parceria com os Hospitais Sírio-Libanês e Beneficência Portuguesa, de São Paulo, e o Hospital Moinhos de Vento, do Rio Grande do Sul, para qualificar os processos de trabalho nas maternidades, por meio de ferramentas de gestão que proporcionam a melhoria nos indicadores de saúde nas unidades.

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