Arte: Diego Xavier

O copo descartável leva de 250 a 400 anos para se decompor no meio ambiente. A decomposição do papel leva de duas semanas a seis meses e, mesmo que a reciclagem contribua para a redução do descarte, ainda é um processo que demanda a utilização de produtos químicos. Quando as pessoas e instituições se conscientizam sobre o impacto do consumo no meio ambiente, as mudanças começam a acontecer. Um bom exemplo é a redução do total de resmas de papel e de copos descartáveis utilizados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região – Amazonas e Roraima (TRT-11), que superou as metas estabelecidas para o ano de 2021 no Plano de Logística Sustentável 2021/2026.

O índice de racionalização estabelecido no PLS tem como marco comparativo o ano de 2019. O TRT-11 reduziu em 73,6% o consumo de papel, superando o índice de racionalização de 2,5% estabelecido para 2021. Ano passado, foram gastas 809 resmas (404.500 folhas), enquanto em 2019 o total chegou a 3.066 resmas (1.533.000 folhas). Já os copos descartáveis tiveram um percentual de redução de 50,6% no mesmo período, quando a meta era de 2%. Ano passado, o TRT-11 utilizou 1.581 centos de copos descartáveis. Em 2019, o total foi de 3.202 centos. Os dados constam do Relatório de Desempenho do PLS, apresentado em fevereiro deste ano pela Seção de Gestão Socioambiental, que é responsável pela consolidação e acompanhamento dos resultados.

De acordo com a presidente do TRT-11, desembargadora Ormy da Conceição Dias Bentes, o PLS 2021/2026 definiu metas de racionalização gradativa por cinco anos em vários itens de despesa, reafirmando o compromisso institucional com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e de alinhamento à Meta 9 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Trata-se de uma nova visão de governança corporativa, com práticas de sustentabilidade, racionalização e qualidade”, salienta.

Os trabalhos de elaboração do PLS foram coordenados pela Comissão Permanente de Gestão Socioambiental, presidida pelo juiz do trabalho Vitor Graciano de Souza Maffia, e pela Seção de Gestão Socioambiental, chefiada pela servidora Paula Sauer Diehl.

Histórico de redução

Conforme o relatório, o histórico de consumo de papel de 2014 a 2021 revela uma forte mudança de hábitos decorrente da adoção dos sistemas de processo eletrônico nas áreas judicial e administrativa. Além disso, a impressão na modalidade frente-verso (quando o papel ainda se faz necessário) também faz a diferença. Em 2014, foram gastas 8.955 resmas e sete anos depois, o consumo caiu para 809 resmas.

Da mesma forma, o histórico de utilização de copos descartáveis também diminui a cada ano: de 9.741 centos em 2014, caiu para 1.581 centos em 2021. Magistrados, servidores, colaboradores terceirizados e estagiários fazem uso das próprias garrafas ou canecas reutilizáveis. Para incentivar mais ainda, na abertura da Semana Nacional do Meio Ambiente, no dia 30/5, o tribunal presenteou os participantes com canecas sustentáveis.

Artigo anteriorCom outras prioridades, São Paulo avaliará contratos de veteranos no 2º semestre
Próximo artigoEspaço Oca do Conhecimento Ambiental que funciona no CIGS recebe nome de juiz Adalberto Carim Antonio