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O ministro Rui Costa, da Casa Civil, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), realizada nesta terça-feira (12/12).
Segundo o ministro, houve um “pacto de deixar eventuais políticas de lado para colocar em primeiro lugar o interesse da população, deixar rusgas políticas de lado”. A partir desse entendimento, o presidente, o prefeito e o governador deverão trabalhar em buscar soluções após o rompimento da mina de sal-gema operada pela Braskem em Maceió.
Visita de Lula a Maceió
No entanto, a visita de Lula à capital alagoana só ocorrerá quando houver “solução a ser anunciada”. A ida do chefe do Executivo a Maceió era cobrada por autoridades locais.
Questionado por jornalistas sobre a possível instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso, Rui se limitou a dizer que não foi “objeto da reunião nenhum ponto específico” e “tudo estará ligado a essa governança” estabelecida mais cedo.
A reunião também contou com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do ministro dos Transportes e ex-governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e dos três senadores da bancada do estado: Renan Calheiros (MDB), Rodrigo Cunha (Podemos) e Fernando Farias (MDB).
Problema na mina
A mineração da Braskem nas minas de sal-gema geram deslocamento do solo há anos e forçou mais de 55 mil pessoas a deixarem suas casas desde 2018, quando houve o primeiro tremor de terra no bairro do Pinheiro.
O sal-gema tem uso para as indústrias e teve a extração interrompida pela empresa no subsolo de Maceió em 2019. A Braskem é uma sociedade entre a Petrobras, controlada pelo governo federal, e a Novonor (ex-Odebrecht).
Os danos causados pela mina podem variar de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões em custos, de acordo com a secretária da Fazenda de Alagoas, Renata Santos. Com informações de Metrópoles.