Um outro homem sob investigação é alvo de mandado de busca e apreensão nesta sexta.
A ação conta com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da Delegacia de Homicídios da Capital. A Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MRJ) atua em apoio aos promotores de Justiça. Os mandados estão sendo cumpridos em endereços na zona oeste.
Médicos mortos por engano
De acordo com a investigação policial, as suspeitas iniciais de que houve uma confusão na identificação do alvo dos bandidos foi confirmada. O médico Perseu foi confundido com Taillon de Alcântara Barbosa, que é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que controla Rio das Pedras, também na zona oeste da cidade.
Ele possuía um apartamento bem próximo ao local do ataque. Como é muito parecido com Perseu, algum informante do tráfico, ainda não identificado, passou a informação de que ele estaria no quiosque junto a possíveis seguranças. Taillon acabou sendo preso, junto com o pai, no fim de 2023, por outros crimes.
Perseu e outros três médicos participavam de um congresso que acontecia em um hotel em frente ao quiosque, na orla da Barra, onde também estavam hospedados. Naquela noite eles tinham ido ao local para se reunir e jantar.
Após o término das investigações da DH, também foram denunciadas pelo Ministério Público chefes e integrantes do Comando Vermelho que sabiam da ação, deram o aval para o ato ou auxiliaram os executores: Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, Carlos da Costa Neves, o Gardenal, Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, e Francisco Glauber Costa de Oliveira, o GL
Vítimas
Marcos de Andrade Corsato, 62 anos. Médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Morreu na hora.
Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos: Especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fez aniversário dois dias antes do crime, em 3 de outubro. Morreu na hora.
Diego Ralf Bomfim: tinha 35 anos e morreu no Hospital Lourenço Jorge após ser socorrido. Era especialista em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ele era irmão da deputada Sâmia Bomfim.
Sobrevivente
Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, é formado pela Faculdade de Medicina de Marília em 2016, é especialista em cirurgia ortopédica. Foi levado com vida para um hospital com 14 tiros. Faz tratamento em São Paulo para se recuperar dos disparos.