Rio de Janeiro – A designer de moda Thalissa Nunes Dourado, de 27 anos, que foi encontrada com as mãos amarradas e um saco na cabeça na manhã de 5 de novembro, em Paraty, Costa Verde do Rio, pode ter sido morta pela colega de apartamento.

A Polícia Civil chegou à conclusão de que não houve arrombamento e ninguém entrou ou saiu de casa além da agente de viagem Vivian Tiburtino, a colega que dividia o apartamento com Thalissa.

De acordo com a mãe de Thalissa, que acompanhou as investigações, não há dúvidas que a responsável do crime tenha sido Vivian:

“Foi um choque. Minha vida foi junto, mas tenho que estar em pé para que a justiça seja feita. Thalissa era filha única, muito amada por mim, por toda a família”, disse Adriana Nunes Dourado, 47, em entrevista ao Metrópoles.

“Tenho que viver a dor da perda e estar em pé para lidar com tudo isso. Lidar com essa injustiça. A juíza já poderia ter liberado essa prisão, até porque não há dúvidas que o crime foi cometido pela Vivian. Foi uma excelente investigação”.

O caso é investigado pela 167 ª DP (Paraty). O delegado fez o pedido de prisão preventiva, mas a Justiça negou após considerar que não havia provas suficientes, já que faltavam alguns laudos a serem concluídos.

Suspeita livre

Mesmo com a prisão negada, a Justiça recolheu o passaporte e o telefone de Vivian. Ela continua em Paraty e não pode sair da cidade sem autorização judicial.

“Foram 12h de filmagem de câmeras de segurança, vimos várias vezes. Ninguém entrou, ninguém saiu, a última prova de vida foi às 3h quando ela chegou em casa e ela estava viva até às 3h40 quando enviou uma mensagem para uma amiga no Instagram”, disse a mãe da jovem.

Adriana conta que foi comprovado na perícia que a filha foi vítima de homicídio, crime de crueldade. “Estava com o corpo marcado, cheio de pancadas, teve mãos e pés amarrados e foi achada com um saco na cabeça”, disse a mãe de Thalissa.

O crime aconteceu há quase cinco meses e desde então, Adriana não sai de casa, por medo: “Não posso ir ao supermercado, à farmácia, estou presa há meses dentro de casa enquanto a Vivian está solta por aí. É muita injustiça ela estar livre, solta enquanto minha filha está morta”, disse Adriana.

Thalissa era designer de moda e professora de idiomas. Na madrugada em que foi morta, ela tinha saído para beber com uns amigos. A jovem foi deixada em casa por eles e foi a última vez que ela foi vista viva.

O corpo da designer foi encontrado por Vivian, por volta do meio-dia, quando decidiu ligar para a ambulância. Desde então, a polícia descartou suicídio.

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