O corpo de uma idosa de 64 anos foi encontrado em estado de putrefação, no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (25/04/2019). Segundo os bombeiros, ao chegar no local, eles conversaram com o filho da mulher, de 34 anos. Ele teria afirmado que a mãe “parou de se mexer” há cinco dias. Os dois sofriam de transtornos mentais, de acordo com informações do jornal Extra.
A reportagem revelou que o corpo da mulher estava no chão do corredor do apartamento de quarto e sala, com a cabeça apoiada em uma almofada verde velha. “Nos últimos momentos, ela dormiu. A barriga estava parada, mas o rosto parecia normal. Depois, começou a ficar meio estranho”, contou o rapaz.
O filho da vítima ainda continuou: “Não sou médico. Joguei um pouco de água na boca. A água ficou no canto da boca e virei a cabeça para sair. Desse jeito, normal. Passou um tempo, já começou a explodir o rosto. Eu vi que já era e deixei”, relatou o filho.
Segundo ele, a mãe estava normal antes de se deitar no chão do corredor, mas caminhava com um pouco de dificuldade. “Ela estava bem, andando. Não corria, como uma pessoa que se alimenta bem, mas andava. Minha mãe morreu por falta de comida e bebida. O dinheiro havia acabado e eu pegava comida na rua para comer”.
O corpo da idosa foi descoberto por bombeiros, que atenderam ao chamado de vizinhos, incomodados com o cheiro que vinha do apartamento. A polícia confirmou que o rapaz tem duas passagens por agressão.
Luiza Leite Paim vivia sozinha com o filho no apartamento. Policiais militares que acompanharam a ocorrência relataram que as condições do imóvel eram insalubres, com muito lixo acumulado. Sobre um fogão velho, panelas com restos de comida. A idosa, que vestia um sutiã preto tomara que caia por cima de uma camiseta amarela e bermuda estampada, trabalhou por seis anos em um supermercado perto de casa, mas pediu demissão.
“Ela saiu do emprego porque se sentia perseguida. O dinheiro da demissão acabou e minha tia também parou de mandar dinheiro. Quem nos ajuda é uma assistente social do Ipub (Instituto de Psiquiatria da UFRJ), porque perdemos o contato com os parentes” — disse o rapaz, que afirma já ter sido internado três vezes por questões psiquiátricas. (Com informações de Extra e Metrópoles)