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Muita gente pode não saber, mas Renato Aragão, o eterno Didi dos Trapalhões que completou 90 anos na última segunda-feira (13/1), é pai de cinco filhos. E, em rara aparição, o mais velho, Paulo Aragão, resolveu falar sobre a relação com o pai antes da fama.

No tributo, exibido pela TV Globo na noite de quarta-feira (15/1) e disponível na Globoplay, o primogênito falou sobre a vida do pai em Sobral, no Ceará, revelou detalhes de como era a vivência dele em casa e lembrou que a fama “roubou” seu pai.

Renato Aragão é pai de Paulo Aragão (que nasceu em 1960), Ricardo Aragão (1962), Renato Aragão Júnior (1968) e Juliana Aragão (1977), frutos do casamento com Marta Rangel. Com sua atual mulher, Lilian, o humorista teve a caçula, Lívian Aragão (1999).

Rentato Aragão é “introvertido”

Em um dos momentos da entrevista, Paulo Aragão contou que o pai demora a se soltar quando está por trás das câmeras.

“Como você sabe, muitos humoristas — e o Renato Aragão não é diferente dos outros — são pessoas geralmente muito sérias, são muito introvertidas. E o meu pai, em casa, era o Antônio Renato, não era o Renato Aragão. E o Antônio Renato é aquele cara timidão, quieto. Quando estava muito íntimo o ambiente, ele mandava ver na brincadeira”, afirmou.

O amor pelo cinema e veia humorística

Fã de dois ícones da Terceira Arte, Renato Aragão teve a sorte de ter na família um dono de cinema e aproveitava para “maratonar” o mesmo filme no mesmo dia.

“Meu tio, muitos antes de eu nascer, tinha o cinema de Sobral e o meu pai podia entrar sem ingresso. Então, quando tinha filme do Chaplin ou do Oscarito, ele entrava na primeira sessão e assistia seguidas vezes até acabar a última sessão”, detalhou.

De acordo com Paulo Aragão, o pai herdou o humor da mãe, Dona Dinorá, que tentava contar piadas e não conseguia se segurar.

“As pessoas contavam muitas historias da mãe dele, Dona Dinorá. Ela era o Didi, com a diferença que ela não aguentava. Ia contar uma piada e começava a rir”, apontou.

Sucesso “roubou” Renato Aragão

O filho mais velho do humorista contou que o pai ficou mais distante após começar a trabalhar na TV: “Roubaram o meu pai (risos). O sucesso era muito grande, então a gente não via o meu pai. Mas tinha um dia, segunda-feira, que ele tinha folga pra escrever”, revelou.

E lembrou os momentos de lazer com ele após o trabalho: “Aí, o que ele fazia: terminava de escrever, preparava um picolé de abacate ou lata de figo ou descascava laranja para a gente, e chamava a mim e meus irmãos para assistir ao filme da noite. Aquele era um momento mágico”, definiu. Com informações de Metrópoles.

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