A caminho dos Estados Unidos, a aeronave do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, evitou o espaço aéreo da maioria dos países europeus, incluindo a França, nesta quinta-feira (25/9).
O premiê israelense chega a Nova York para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unids e desviou o percurso do avião pela Europa devido a um mandado de prisão em seu nome, emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
De acordo com um correspondente diplomático do i24 News, os únicos países europeus que o avião sobrevoou foram Grécia e Itália, o que prolongou a chegada aos EUA.
A ordem judicial do TPI foi expedida em novembro de 2024 contra Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, apresentando a justificativa de que Israel cometeu crimes de guerra e contra a humanidade em sua ofensiva na Faixa de Gaza, após ataque do Hamas, em 2023.
Em sua última viagem aos EUA, em julho, ele foi autorizado a sobrevoar a França, mesmo com o mandado do TPI em vigor. Desta vez, Netanyahu optou por não arriscar ao passar pelo país não só pelo mandado judicial, mas também devido às atuais tensões entre Israel e França em relação à guerra de Gaza, uma vez que o premiê francês, Emmanuel Macron, reconheceu o estado da Palestina para um plano de paz entre os palestinos e israelenses.
A emissora israelense Kan disse que a França não impediu o avião de Netanyahu de entrar em seu espaço aéreo, e que a decisão foi uma escolha pessoal de Netanyahu.
Além do discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU, Netanyahu se encontrará com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, na próxima segunda-feira (29/9).
Netanyahu se encontrará com Trump pela quarta vez desde que o presidente dos EUA assumiu o cargo. Na Casa Branca, eles devem discutir “as grandes oportunidades que nossas vitórias trouxeram e nossa necessidade de completar os objetivos de guerra”, afirmou Netanyahu, às vésperas de embarcar para os EUA, no aeroporto de Tel Aviv, em Israel.
