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Rússia e Ucrânia concluíram a terceira rodada de negociações diretas entre os dois países, em Istambul, na Turquia. E reunião, que tenta encontrar uma solução pacífica para a guerra que se arrasta por mais de três anos, aconteceu nesta quarta-feira (23/7).

Negociações de paz

  • Em maio deste ano, Rússia e Ucrânia iniciaram as primeiras negociações diretas desde o início da guerra. A iniciativa partiu do presidente russo Vladimir Putin.
  • A expectativa inicial era de que Putin se reunisse com Volodymyr Zelensky. O líder russo, no entanto, decidiu não comparecer as discussões na Turquia. Ao invés disso, ele decidiu enviar uma delegação composta por membros do segundo escalão do Kremlin.
  • Apesar das negociações, e da pressão vinda dos Estados Unidos por meio do presidente Donald Trump, poucos avanços aconteceram até o momento.
  • Nos dois encontros realizados na Turquia, Rússia e Ucrânia apenas concordaram em trocar dois mil prisioneiros  de guerra — 1 mil de cada lado —, além de devolver de jovens soldados feridos e corpos de militares mortos no campo de batalha.

De acordo com o Kremlin, o principal resultado do encontro foi o estabelecimento de uma nova troca de militares, e também de civis. A estimativa é de que 1,2 mil pessoas sejam libertadas.

Após o encontro, o conselheiro de Vladimir Putin, Vladimir Mendisky, anunciou outros resultados das conversa, que durou cerca de 40 minutos. Entre eles, uma proposta de cessar-fogos curtos, no período de 24 a 48 horas, com o objetivo de retirar feridos e corpos de combatentes na linha de frente do conflito. Anteriormente, o governo da Ucrânia já rejeitou propostas de trégua semelhantes.

Minutos após a reunião, Moscou e Kiev anunciaram a devolução de 500 prisioneiros de guerra, 250 de cada lado, para seus respectivos países.

O governo da Rússia ainda propôs a formação de três grupos de trabalho, para realizar discussões de paz online. Segundo o Kremlin, a delegação ucraniana concordou em considerar a ideia.

Prioridades da Ucrânia

Durante coletiva de imprensa em Istambul, o secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional, Rustem Umerov, disse que as prioridades ucranianas continuam sendo um cessar-fogo — nos termos de Kiev —, além de um encontro entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

Sobre o possível encontro entre os dois líderes, o governo da Rússia afirmou que antes é necessário as duas delegações de negociadores chegarem a um concesso sobre o possível acordo de paz. Já que, uma possível reunião entre Putin e Zelensky, deve servir para “colocar um ponto final” na questão, informou Mendisky

O conselheiro do presidente russo, contudo, afirmou que as posições de Rússia e Ucrânia sobre o acordo ainda continuam “distantes uma da outra”.

No início de junho, a Rússia apresentou suas condições para um cessar-fogo, ou o fim definitivo da guerra na Ucrânia. Entre os termos estão a tomada de partes do território ucraniano conquistadas durante o conflito, a não aproximação dos ucranianos com alianças militares como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o enfraquecimento militar do país. Os pedidos, porém, são vistos como inaceitáveis pelo governo de Volodymyr Zelensky.

Com informações de Metrópoles

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