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A Rússia expulsou, na manhã desta terça-feira (26/11), um diplomata britânico sob a acusação de espionagem. Ele é uma das autoridades que substituíram um dos seis diplomatas ingleses expulsos em setembro deste ano, também acusados pelo serviço de segurança russo de serem espiões.

Segundo a Rússia, o diplomata parecia ter realizado “trabalho de inteligência e subversivo” e tinha “deliberadamente fornecido dados falsos ao obter permissão para entrar em nosso país, violando assim a lei russa”.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o ministério convocou o embaixador de Londres para um reunião na manhã desta terça.

A expulsão ocorre após relatos de que o Reino Unido recentemente forneceu à Ucrânia dezenas de mísseis de cruzeiro Storm Shadow, medida que Moscou alertou que agravaria o conflito.

“Espiões” expulsos

A Rússia já havia anunciado no dia 13 de setembro a expulsão de seis diplomatas britânicos sob acusação de espionagem.

O serviço de3 segurança russo afirmou, à época, que o Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha estaria coordenando “a escalada da situação política e militar” na Ucrânia e que os diplomatas estavam “ameaçando a segurança da Federação Russa”.

Como resposta, o Ministério das Relações Exteriores britânico disse que as acusações do FSB são “completamente infundadas” e que a expulsão dos diplomatas era uma retaliação pelas ações britânicas tomadas “em resposta à atividade dirigida pelo estado russo em toda a Europa e no Reino Unido. Não pedimos desculpas por proteger nossos interesses nacionais”.

A Rússia ressaltou que as expulsões dos seis diplomatas foram o primeiro passo de uma série de respostas às “numerosas medidas hostis tomadas por Londres”. Ele destacou que encontraram “sinais de espionagem e sabotagem” realizadas pelos diplomatas britânicos do departamento político da embaixada de Moscou.

“É divertido observá-lo, mas não pode ser tolerado mais. Ficamos cansados ​​de tolerar esse circo enquanto eles corriam por Moscou e pelas florestas urbanas, suas visitas de um dia a cidades vizinhas com o propósito de sentar em um banco por várias horas no frio, ou várias trocas de transporte público e táxis para escapar dos serviços de segurança e visitar alguma reunião de ONGs de agentes estrangeiros que fazem lobby pelos interesses dos migrantes”, disse o oficial do FSB.

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