Um dos líderes da rede terrorista Al-Qaeda, Ayman Al-Zawahiri, foi morto no último sábado (30/7) em uma operação coordenada pelos Estados Unidos, no Afeganistão.
Médico de origem egípcia, Aymnan al-Zawahiri era sucessor de Osama bin Laden na liderança do grupo desde a morte do terrorista, em 2011.
Al-Zawahiri estudou medicina na Universidade do Cairo, no Egito. À época, ele já se envolvia em atividades clandestinas e pequenos grupos extremistas.
O egípcio conheceu a esposa no fim da década de 1970. Segundo o autor Lawrence Wright, que escreve sobre a história da Al-Qaeda, ao se casar, AlZawahiri só tinha visto o rosto da mulher uma única vez. A mulher morreu em outubro de 2001.
Uma das redes das quais o egípcio participou foi a Al Jihad. O grupo defendia a ideia de que o governo do país não seguia as leis islâmicas. A rede é acusada de envolvimento no assassinato do presidente egípcio Anwar Sadat, no Cairo.
Al-Zawahiri chegou a ser preso uma operação coordenada pelo novo presidente egípcio, Hosni Mubarak, após a morte de Sadat. Lá, ele foi torturado.
O terrorista saiu da prisão em 1984 e viajou ao Paquistão, onde conheceu Osama bin Laden.
Após a aproximação com o terrorista ao longo da década de 1990, Al-Zawahiri integrou a Al Jihad à Al-Qaeda, transformando os grupos em uma rede única. Em 2011, após a morte de bin Laden, o egípcio passou a liderar a Al-Qaeda.
Pronunciamento de Biden
Fontes do governo norte-americano afirmaram à Reuters que não houve vítimas civis na operação. O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, fez um pronunciamento e detalhou os acontecimentos.
Em pronunciamento, Joe Biden confirma morte de chefe da Al-Qaeda e diz que a justiça foi feita.
“Não importa quanto tempo leve ou onde você se esconda. Se você é uma ameaça para nosso povo, os Estados Unidos vão te encontrar e neutralizar”, afirmou.
Tradução: @SamPancher pic.twitter.com/Fai0IQPvAd
— Metrópoles (@Metropoles) August 2, 2022