
Em audiência de custódia realizada neste domingo (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro relatou ter sofrido um surto medicamentoso que o levou a danificar sua tornozeleira eletrônica. Durante o depoimento, que durou entre 30 e 40 minutos, Bolsonaro negou qualquer intenção de fuga e disse que, no momento que queimou a tornozeleira e quando foi preso, encontravam-se em sua residência sua filha Laura, um assessor e seu irmão mais velho.
De acordo com informações, Gustavo Uribe junto a investigadores, Bolsonaro afirmou que o incidente ocorreu por volta da meia-noite, quando começou a manipular o equipamento com um ferro de solda, e que todos na casa estavam dormindo.
Michelle não estava em casa no momento da prisão de Bolsonaro
Estado emocional e medicamentos
Bolsonaro declarou estar fazendo uso de medicamentos para tratar crises de ansiedade, tosse recorrente e enjoos. Ele atribuiu seu comportamento aos efeitos desses medicamentos, que estaria tomando há quatro dias, afirmando nunca ter apresentado quadros similares antes do início do tratamento.
Ainda de acordo com apuração de Gustavo Uribe, Bolsonaro demonstrou estar ansioso e abatido após a prisão. Durante toda a manhã deste domingo (23), permaneceu em pé, caminhando de um lado para outro na sala onde está detido, que conta com televisão, ar-condicionado, banheiro e armário.
Durante o depoimento, Bolsonaro também mencionou sofrer de insônia, relatando ter um “sono picado” com frequentes interrupções durante a noite. Ele alegou ter tido alucinações, acreditando que havia escutas instaladas na tornozeleira eletrônica.
A prisão preventiva foi mantida após a audiência de custódia, uma vez que o ministro Alexandre de Moraes não participou da sessão. A análise do caso permanece sob responsabilidade do magistrado.
Com informações de CNN Brasil.










