
A PF (Polícia Federal), que investiga o esquema bilionário de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), realizou uma operação nesta quinta-feira (13) que prendeu o ex-presidente do instituto Alessandro Stefanutto. Nesta manhã, agentes da PF e auditores da CGU (Controladoria-Geral da União) cumpriram 63 mandados de busca e apreensão, dez mandados de prisão preventiva e medidas cautelares diversas da prisão em 14 estados e no Distrito Federal.
A ação faz parte de nova fase da Operação Sem Desconto, que revelou o esquema de fraudes no INSS a partir de descontos associativos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas.
Um dos outros presos nesta quinta-feira é André Fidelis, servidor afastado do INSS, onde ocupou cargo na diretoria de Benefícios do instituto. Conforme as investigações da PF, há indícios de relações financeiras entre entidades associativas, pessoas e empresas ligadas a André.
Além disso, o ex-ministro José Carlos Oliveira, que ocupou o Ministério da Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), também foi um dos alvos da ação da PF. Segundo apuro, ele terá de usar tornozeleira eletrônica.
O deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o deputado estadual do Maranhão Edson Araújo (PSB) foram alvo de mandados de busca e apreensão.
Já o ex-procurador-geral do INSS Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho se entregou nesta quinta-feira à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e foi preso.
O cumprimento das medidas foi determinado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
O que dizem os alvos
Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto disse que não teve acesso ao teor da decisão que decretou a prisão do ex-presidente do INSS.
“Trata-se de uma prisão completamente ilegal, uma vez que Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigacao”, diz a defesa.
Segundo a nota, Stefanutto “segue confiante, diante dos fatos, de que comprovará a inocência dele ao final dos procedimentos relacionados ao caso”.
Com informações de CNN Brasil.










