Yuichi Yamazaki – Pool/Getty Images

Sanae Takaichi, 64 anos, foi eleita pelo Parlamento nesta terça-feira (21/10) como a primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra do Japão. Sua eleição ocorreu após o Partido Liberal Democrata (PLD) concordar em formar uma nova coalizão com o partido menor Nippon Ishin.

A direitista, que expressou admiração por Margaret Thatcher e busca um Japão “forte e próspero”, venceu seu rival centrista, Shinjiro Koizumi, no segundo turno na sede do PLD em Tóquio. Esta vitória representa uma redenção para Takaichi, que no ano passado havia perdido a disputa contra o então primeiro-ministro Shigeru Ishiba. Para a ala direita do PLD, a eleição de Takaichi é um triunfo após um período de liderança moderada sob Ishiba, conforme reportado pelo jornal britânico The Guardian.

Takaichi possui uma forte conexão ideológica com o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado em 2022, compartilhando suas visões revisionistas sobre a conduta do Japão em tempos de guerra. Essa postura pode gerar tensões com os países vizinhos do Japão.

O PLD, sob a liderança de Takaichi, uniu forças com o direitista Nippon Ishin (Partido da Inovação do Japão), que compartilha de uma posição mais agressiva em relação à China e apoio a restrições à imigração. “Estou muito ansiosa para trabalhar com vocês nos esforços para fortalecer a economia do Japão e remodelar o Japão como um país que pode ser responsável pelas gerações futuras”, declarou Takaichi ao colíder do Ishin, Hirofumi Yoshimura, durante a assinatura do acordo.

A concretização do acordo encerrou duas semanas de incerteza sobre a escolha de Takaichi para o cargo. Seu plano quase foi frustrado quando o Komeito, parceiro do PLD por 26 anos, deixou a coalizão. O Komeito, que é apoiado pela organização budista Soka Gakkai, se opôs às visões agressivas de Takaichi em segurança e criticou o PLD por não lidar com um escândalo de financiamento.

Com informações de Metrópoles

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