Foto: Ivan Storti/Santos FC

O zagueiro Eduardo Bauermann, que está envolvido no esquema de manipulação de resultados, foi afastado das atividades do Santos, nesta terça-feira. Recentemente, a revista Veja revelou conversas entre o defensor e um apostador envolvido com a quadrilha investigada na Operação Penalidade Máxima, que apura fraude em jogos das Séries A e B de 2022 e dos Estaduais deste ano.

O defensor, segundo o Ministério Público, teria recebido R$ 50 mil para levar cartão amarelo no empate entre Santos e Avaí, pelo Brasileirão do ano passado, mas não foi advertido. Ele teve uma conversa antes da partida e foi cobrado por ter terminado o jogo sem a punição.

  • Santos x Avaí (Série A, 05/11/2022) – “Pagamento em montante ainda não precisado, porém certo que pelo menos R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) foram efetivamente entregues a Eduardo Bauermann antes mesmo da realização do jogo, para que Eduardo, jogador do Santos, fosse punido com cartão amarelo na partida (o que não ocorreu)”.
  • Botafogo x Santos (Série A, 10/11/2022) – “Bauermann, apesar de ter aceitado valores na rodada anterior, não “cumpriu” sua parte no acordo ao não ser punido com cartão amarelo. Por isso, na rodada imediatamente seguinte e ainda com a posse da quantia recebida, novamente aceitou a promessa de valores indevidos para, agora, ser expulso na partida”.

Confira nota oficial:

“O Santos Futebol Clube informa que o atleta Eduardo Bauermman foi comunicado que está afastado preventivamente dos treinos com o elenco profissional, a partir desta terça-feira (9), diante dos novos desdobramentos divulgados na Operação Penalidade Máxima 2, do Ministério Público de Goiás.

O jogador permanecerá fazendo atividades físicas no CT Rei Pelé. O Clube aguardará se a Justiça aceitará a denúncia para definir novas ações, sempre com o pensamento voltado à preservar a instituição.

O Santos FC não tolera desvios de conduta e de ética.”

Entenda a atuação do grupo

 (MPGO) iniciou no mês passado a Operação Penalidade Máxima II, que investiga manipulação de resultados de jogos de futebol. A suspeita é de que o grupo tenha atuado em partidas da Série A do Brasileiro e esse esquema pode ter movimentado quase R$ 1 milhão — isso porque, de acordo com a investigação, nove atletas estão envolvidos e eles receberiam até R$ 100 mil cada para cumprirem determinadas ações durante o jogo, como tomar um cartão ou cometer um pênalti.

De acordo com o Ministério Público, os atletas cooptados manipulavam os confrontos de diversas maneiras como, por exemplo, forçar punição a determinado jogador por cartão amarelo ou vermelho, cometer penalidade máxima e assegurar o número de escanteios da partida. Garantir a derrota da equipe também era uma das práticas.

Os indícios mostram que as condutas previamente combinadas tinham o objetivo de gerar grandes lucros aos envolvidos em apostas realizadas em sites de casas esportivas. Para isso, eram utilizadas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os rendimentos.

Com informações de: O Globo

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