Os primeiros sintomas do Projeto de Lei Complementar nº 09/2019, que suspende a partir de setembro os reajustes salariais de servidores públicos e limita os gastos de outras despesas do estado foram imediatos e já apresentar sérios efeitos colaterais.
De acordo com o presidente licenciado do Sindicato dos Médicos, Mário Viana, a partir do dia 30 deste mês, profissionais de saúde, sejam eles, prestadores de serviço terceirizados, estatutários ou cooperados, param suas atividades até que o governo retroceda e honre com os compromissos – pagamentos atrasados – pendentes com a categoria desde o governo passado.
A decisão, segundo Mário Viana, será comunicada desde logo a todas as autoridades do estado – Ministério Público, Justiça do Trabalho, Secretaria de Saúde – que deverão ser informadas que a greve é a última fronteira a ser adotada pela categoria como forma de terem seus direitos restituídos e, sobretudo, chamar a atenção de que o Projeto de Lei Complementar nº 09/2019 coloca o governo à beira do abismo e do colapso administrativo.
“Os desmandos do governo não têm paralelo na história do Amazonas. É um governo intolerante, absurdamente inconsequente, despojado de espírito público republicano, incapaz de sentir que governar para alguns é próprio dos tiranos – infâmia ultrajante que logo será respondida com a revolta do povo”, adverte.
A greve, conforme destacou o líder sindical, será progressiva e, inicialmente, atingirá o atendimento de rotina ambulatorial, até atingir os serviços médicos de urgência, a começar pelas unidades de Pronto Atendimento, preservando, todavia, os grandes Prontos-Socorros, onde é maior o risco de vida.
“Esse governo mentiroso, não honra sua palavra. Não há mais o que se conversar com esse governo”, lamenta.
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