O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que é preciso estabelecer um limite ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para ele, o presidente não respeita ninguém, nem a Câmara dos Deputados.

“A hora de reagir é agora. A Câmara precisa demarcar uma linha no chão de até onde ele pode ir”, afirmou o parlamentar amazonense em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, nesta terça-feira (20). “Se não fizermos isso, Bolsonaro vai avançar e marchar sobre a democracia.”

Depois da aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que destinou R$ 5,7 bilhões para o Fundo Eleitoral, Marcelo e Bolsonaro têm tido confrontos públicos.

Marcelo Ramos afirmou que “se não fosse o governo Bolsonaro, não existiria fundão”. Segundo ele, o fundo eleitoral foi acordado em uma reunião entre os líderes da base do Governo e o presidente da Câmara, Lira. Também disse que em nenhum momento congressistas do Governo votaram contra o fundo.

“O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco [DEM-MG], me pediu para presidir [a sessão sobre a LDO] e para mim é motivo de orgulho dirigir o Congresso do meu país.”, afirmou Marcelo, informando que ele não participou da reunião, não decidiu sobre nenhum aspecto do fundo eleitoral.

“O que algumas pessoas não perceberam é que eu sou a vítima da vez e que o bote dele é contra todos”, afirmou o deputado. “Hoje sou eu, ontem foi Joice Hasselmann [PSL-SP], anteontem foi Alexandre Frota [PSDB-SP] e, recentemente, foi a Luisa Canziani [PTB-PR]. Se não reagirmos, amanhã será Arthur Lira e a Câmara dos Deputados inteira.”

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