A oposição precisava de ao menos 342 votos para assegurar a continuidade da análise da denúncia criminal contra o presidente Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, ao menos nesta primeira denúncia (mais duas podem estar a caminho), apenas 227 votos foram conseguidos pelos adversários do peemedebista. Já a base conseguiu mobilizar 263 deputados para votar a favor do presidente – bem menos do que o governo gostaria, uma vez que chegou a cogitar até superar a barreira dos 300 votos.

Entre os que votaram para livrar Temer da denúncia por corrupção passiva que seria analisada pelo Supremo Tribunal Federal, estão seis deputados da bancada amazonense, Átila Lins (PSD), Silas Câmara (PRB), Arthur Bisneto (PSDB), Pauderney Avelino (DEM) e Sabino Castelo Branco (PTB).

Apenas Conceição Sampaio (PP) e Hissa Abrahão (PDT) votaram contra o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), contrário ao prosseguimento da investigação do presidente.

“Eu não negociei emendas, muito menos tenho cargos no governo. Acredito que o Brasil precisa passar por reformas estruturantes, que façam a máquina se modernizar e o Brasil crescer com consistência. País que olha para o futuro não troca de presidente como se troca de roupa.  Meu voto é sim ao relatório do deputado Paulo Abi-Ackel”, disse o deputado Arthur Bisneto, ao votar.

Agora, Temer só poderá ser investigado pelo STF em 1º de janeiro de 2019, quando deixa o governo e perde o foro privilegiado. Caso não volte a ser eleito, o que lhe daria direito a foto privilegiado, pode passar a ser investigado na Justiça de primeira instância.

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