Estamos na Semana Santa, um tempo propício para meditação, oração, jejum e reflexão. Não que as outras semanas não sejam santas, mas esta é uma semana especial. Chama-se “Semana Santa” com vista à preparação da Paixão, Morte e Ressureição de Jesus Cristo.

Além disso, os Evangelistas afirmam que a Semana Santa começa com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, conforme lemos em Marcos (11, 1-2): “Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé e Betânia, perto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: “Vão ao povoado que está adiante de vocês; logo que entrarem, encontrarão um jumentinho amarrado, no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no aqui.”

Aclamado pelo povo simples que o aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor” (Lc 13:35), Jesus não deixa o sucesso subir à cabeça e torna-se símbolo da humildade. Se Jesus não fosse divino, Filho de Deus, certamente Ele ouviria o “clamor” do povo e seguira carreira política, à exemplo do que fazem muitos políticos brasileiros. Ou você acha que não?

Do ponto de vista da Teologia, a humildade é uma virtude cuja prática é imposta pelo Divino Mestre: “Todo aquele que se exalta será humilhado, e todo aquele que se humilha será exaltado” (Lc 14, 11). A condenação dos orgulhosos encontra-se praticamente do início ao fim da Sagrada Escritura, na mesma linguagem contundente deste trecho do Cântico de Maria, a Mãe de Jesus: “Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva” (Lc 1, 46-48).

A missão de Jesus na Terra é bem clara: “Eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade do Pai, o qual me enviou: que Eu não perca nenhum de todos os que Ele me deu, mas que Eu os ressuscite no último dia” (Jo 6:38); “Que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10:10); enfim, que nunca percamos a fé e a esperança na ressureição de Jesus Cristo: “Deixem de ter medo! Vão e digam aos meus irmãos para se dirigirem à Galileia. Lá eles me verão novamente.”

A Semana Santa, portanto, é um tempo propício para meditarmos sobre a nossa fé em Jesus, sobre o quanto estamos praticando os ensinamentos de Jesus; para sabermos que vivemos numa sociedade incerta, onde o egoísmo e o pecado parecem controlar a nossa vida, tirando-nos um dos bens mais preciosos que o povo brasileiro tem: a alegria e a solidariedade.

Que nesta semana possamos otimizar nossos valores, fazendo-nos estar mais presentes e de uma forma mais intensa e otimista na vida dos nossos irmãos, parentes, colegas de trabalho, familiares e amigos. Tenha certeza, ao fazer isso, à vitória de Jesus sobre à cruz também será sua. Feliz e abençoada Páscoa para todos e todas!

*Luís Lemos é professor, filósofo e escritor, autor, entre outras obras de, Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente, Editora Viseu, 2021. https://www.editoraviseu.com.br/filhos-da-quarentena-prod.html?___SID=U
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